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Após debate e Covid-19 de Trump, Biden abre 16 pontos, segundo pesquisa CNN

15810_FBB711BC4FB029DC Após debate e Covid-19 de Trump, Biden abre 16 pontos, segundo pesquisa CNNA vantagem do candidato democrata à presidência, Joe Biden, sobre o presidente norte-americano, Donald Trump, aumentou e o ex-vice-presidente agora tem sua maior liderança neste ciclo eleitoral, faltando menos de um mês para o dia da eleição (3 de novembro), de acordo com uma nova pesquisa CNN conduzida pelo SSRS.

Entre os prováveis eleitores, 57% dizem apoiar Biden e 41% Trump na pesquisa realizada após o primeiro debate e, principalmente, depois que Trump anunciou sua infecção pelo novo coronavírus.

CNN Brasil vai transmitir na quarta-feira (7) o debate entre os candidatos a vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence e Kamala Harris (video acima). A transmissão, a partir das 21h45, terá tradução simultânea e ocorrerá na TV e nas plataformas digitais da CNN Brasil, como o site e o canal do YouTube.

Apesar da liderança nacional de Biden, a disputa pela Casa Branca será decidida por alguns poucos estados indecisos, que conduzirão o resultado no Colégio Eleitoral. O ex-vice-presidente lidera vários desses campos de batalha críticos, mas por margens mais estreitas do que sua vantagem nacional. A pesquisa não é uma previsão de como a eleição acabará, mas um retrato da disputa como está atualmente.

Os prováveis eleitores norte-americanos também preferem Biden a Trump em uma série de questões que consideram importantes na disputa, incluindo a pandemia de Covid-19 (59% preferem Biden, 38% Trump), saúde (59% a 39%), desigualdade racial nos EUA (62% a 36%), nomeações para a Suprema Corte (57% a 41%) e crime e segurança (55% a 43%).

Os dois estão equilibrados sobre quem administraria melhor a economia (50% dizem Biden, 48% Trump), semelhante ao que ocorreu entre os eleitores registrados nas últimas pesquisas.

A visão favorita de Biden também melhorou, com 52% dos americanos dizendo agora que têm uma impressão positiva do ex-vice-presidente, em comparação com 39% que têm uma visão positiva de Trump.

Os prováveis eleitores também consideram Biden o candidato que uniria o país (61% a 33% de Trump), que é honesto e confiável (58% a Biden, 33% a Trump), que se preocupa com pessoas como elas (58% a 38%), que tem um plano claro para resolver os problemas do país (55% a 39%) e que manteria os americanos protegidos do perigo (55% a 43%).

Embora esta seja a primeira pesquisa nacional da CNN a relatar resultados entre os prováveis eleitores, uma comparação com os resultados da pesquisa entre eleitores registrados feita há um mês revela que Biden obteve ganhos substanciais de apoio entre vários blocos eleitorais importantes.

O democrata expandiu sua vantagem sobre o republicano entre as mulheres, de 57% a 37% em setembro para 66% a 32% agora. Essa mudança inclui ganhos substanciais para Biden entre mulheres brancas com diploma universitário e mulheres negras. Entre as eleitoras negras, a vantagem de Biden aumentou de 59% a 31% em setembro para 69% a 27% agora.

O ex-vice-presidente também obteve ganhos entre os eleitores mais jovens, moderados e independentes em comparação com o mês passado.

É importante destacar que esses aumentos no apoio a Biden não vieram por diminuições substanciais no apoio a Trump. Os principais eleitores do presidente continuam a apoiá-lo tanto quanto, ou mais.

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Os candidatos democrata, Joe Biden, e republicano, Donald Trump, à presidência dos EUA

Foto: Kevin Lamarque – 20.ago.2020 / Reuters; Tom Brenner – 17.set.2020 / Reuters

Entre os homens brancos sem diploma universitário, por exemplo, o apoio de Trump aumentou de 61% em setembro para 67% agora. Mas Trump não parece ter obtido nenhum ganho entre os grupos que sua campanha precisa atrair para abalar a liderança de Biden.

Em comparação com a última pesquisa nacional da CNN, a composição partidária desta pesquisa é apenas um pouco mais democrática (33% de todos os adultos dizem que são democratas, em comparação com 30% no início de setembro) e não menos republicana (28% agora vs. 27% no início de setembro).

Entre os eleitores registrados na pesquisa, 35% se consideram democratas, 30% republicanos – esses números eram 33% e 30%, respectivamente, na pesquisa anterior.

Quando os independentes que se inclinam para um partido ou outro são adicionados, os resultados também mostram pouca mudança: 53% preferem o candidato democrata e 43% o republicano. Na pesquisa do mês passado, esses números eram 52% a favor de Biden e 42% a favor de Trump.

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As mudanças nesta pesquisa são semelhantes às vistas em uma pesquisa do NBC News / Wall Street Journal divulgada no domingo, que foi conduzida após o debate presidencial, mas antes que o diagnóstico de coronavírus do presidente fosse revelado.

A pesquisa da CNN sugere que o debate pode ter ajudado a impulsionar Biden. Os eleitores que dizem ter assistido ao debate da semana passada veem Biden como tendo feito o melhor trabalho (57%), com apenas 26% dizendo que Trump foi melhor, semelhante à divisão em uma pesquisa instantânea da CNN com eleitores na noite do debate. Para 14%, porém, nenhum dos dois se saiu bem.

A maioria dos eleitores na pesquisa (64%) diz que Trump não fez o suficiente para criticar grupos de supremacia branca, depois de ser cobrado a fazê-lo no debate. Entre os não brancos, 76% dizem que Trump não fez o suficiente para denunciar esses grupos.

As questões que mais importam para os eleitores continuam a variar de acordo com a preferência presidencial. Os apoiadores de Trump são muito mais propensos do que os apoiadores de Biden a escolher crime e segurança (51% entre os apoiadores de Trump contra 33% entre os apoiadores de Biden) e a economia (48% entre os apoiadores de Trump, 36% entre os apoiadores de Biden) são as principais preocupações em seu voto.

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Donald Trump e Joe Biden durante debate em Cleveland

Foto: Morry Gash – 29.set.2020/ Reuters

Entre os apoiadores de Biden, 66% consideram o coronavírus extremamente importante

para seu voto contra 21% entre os apoiadores do Trump, 63% dizem que as relações raciais são importantes contra 16% dos eleitores do Trump, 58% consideram os cuidados de saúde extremamente importantes contra 25% dos apoiadores do Trump e 51% dizem que a mudança climática é extremamente importante em comparação com apenas 5% dos apoiadores de Trump.

No entanto, há um ponto de acordo: cerca de metade dos apoiadores de Biden (53%) e Trump (48%) consideram as indicações para a Suprema Corte extremamente importantes.

A pesquisa constatou que, entre os prováveis eleitores, uma pequena maioria, 54% dizem que pretendem votar no dia da eleição, 30% planejam votar pelo correio e 14% dizem que votarão pessoalmente, mas de forma antecipada.

Os partidários de Biden continuam muito mais propensos do que os partidários de Trump a dizer que votarão antes do dia da eleição, incluindo 41% que planejam votar pelo correio e 19% que dizem que votarão de forma antecipada. Entre os apoiadores de Trump, porém, 76% dizem que votarão pessoalmente no dia da eleição.

Seis em cada dez americanos afirmam estar confiantes de que seus votos serão contados com precisão na eleição presidencial, um ligeiro aumento desde agosto. Os eleitores registrados que apoiam Biden estão ficando cada vez mais confiantes de que os votos no país serão contados com precisão (75% agora contra 65% em agosto), enquanto a parcela de apoiadores de Trump que se sentem assim diminuiu de 50% para 44%.

Embora quase todos os americanos concordem (86%) que o perdedor da corrida presidencial tem a obrigação de reconhecer os resultados assim que forem certificados, os apoiadores de Trump são um pouco menos propensos a dizer isso do que em agosto (78% agora contra 83% em agosto ante 94% entre os apoiadores de Biden nas duas pesquisas).

A maioria diz não esperar que Trump aceite os resultados (58%), enquanto 71% dizem que Biden o faria. A maioria dos partidários de Trump, porém, dizem acreditar que o presidente aceitaria a derrota (63%).

A pesquisa da CNN foi conduzida pelo SSRS de 1º a 4 de outubro entre uma amostra nacional aleatória de 1.205 adultos contactada por telefones fixos ou celulares por um entrevistador ao vivo, incluindo 1.001 prováveis eleitores.

Os resultados da amostra completa têm uma margem de erro de mais ou menos 3,3 pontos percentuais; entre os eleitores prováveis, essa margem é de 3,6 pontos para mais ou para menos.

(Com informações de Jennifer Agiesta, da CNN)

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