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Projeções da CNN: Biden é eleito presidente dos EUA; Trump questiona resultado

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joe-biden Projeções da CNN: Biden é eleito presidente dos EUA; Trump questiona resultado

A CNN americana acaba de anunciar que, segundo as suas projeções, o candidato democrata Joe Biden conseguiu os 270 votos para ser eleito o 46º presidente dos EUA no colégio eleitoral. Mas agora deve começar o processo legal de recontagem de votos impetrado pelo presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

Na projeção da CNN americana, Biden conquistou a vitória na Pensilvânia, o que garantiu o acréscimo de 20 delegados, dando um total de 273. Os estados de Nevada, Alasca, Geórgia, Carolina do Norte e Arizona ainda prosseguem com a apuração.

De acordo com as apurações parciais em estados-chave, além de cálculos estatísticos e demográficos sobre a proporção de urnas ainda não apuradas, já não é mais possível para o presidente Donald Trump chegar a 270 delegados no colégio eleitoral.

Biden conquistou a vitória em Michigan e Wisconsin, dois estados cruciais para chegar à vitória, na tarde de quarta-feira (4). Em ambos estados, a apuração está praticamente concluída.

Na sexta (6), Biden ultrapassou Trump na Geórgia e na Pensilvânia, confirmando neste sábado (7) a vitória neste último.

A indefinição deve se arrastar para os tribunais. Ao longo da semana, o presidente Donald Trump apresentou ações judiciais em diversas instâncias da Justiça americana questionando a contagem e acusando fraude na contabilidade de votos enviados pelo correio.

Há ainda a hipótese legal de recontagem em parte dos estados onde a margem entre os candidatos for inferior a um percentual pré-definida. Na Geórgia, a recontagem é provável diante da perspectiva de vitória de Biden por menos de 0,5 ponto percentual.

A litigância da parte de Trump ainda deve aumentar. Na noite desta sexta-feira, o presidente foi às redes sociais dizer que o adversário não deveria se autoproclamar presidente uma vez que “os processos estão só começando”.

Apuração
O primeiro dia de apuração começou envolto em incertezas, com Trump liderando nos mesmos estados do meio-oeste que lhe deram a vitória em 2016: Pensilvânia, Michigan e Wisconsin.

Conforme os votos de grande centros urbanos e dados de forma antecipada pelo correio foram computados, Biden reverteu o placar.

Com Wisconsin e Michigan, o ex-vice-presidente chegou a 253 delegados.

Ainda há perspectiva de que Biden melhore seus números na Geórgia. Caso isso ocorra, a vantagem dele no colégio eleitoral deve aumentar.

A retomada da região, também conhecida como “cinturão da ferrugem”, foi comemorada por Joe Biden em seu discurso na noite de sexta. Biden afirmou que a “parede azul”, com alusão à cor identificada com os democratas, foi restaurada e disse que os estados são o “coração” dos EUA.

No começo da noite de quarta, o democrata declarou que todos os votos devem ser contados. “Ninguém vai roubar a nossa democracia, nem hoje, nem nunca”, afirmou o candidato.

A campanha de Trump chegou a declarar vitória no estado da Pensilvânia na quarta-feira (4) por meio de uma publicação no Twitter. No entanto, ainda faltavam apurar mais de 10% dos votos — a maioria desses, feitos antecipadamente, por correio. Nesta sexta, Biden ultrapassou Trump no estado.

Os republicanos também prometeram levar à Suprema Corte um pedido para que votos enviados pelo correio que cheguem às autoridades eleitorais da Pensilvânia depois de 3 de novembro não sejam levados em conta.

A Justiça ainda não deu uma resposta final a respeito disso, mas o juiz Samuel Alito, da Suprema Corte, determinou que as contagens sejam feitas separadamente.

No voto popular, Biden tornou-se o candidato mais votado da história americana, com 74,5 milhões de votos, superando o ex-companheiro de chapa Barack Obama, de quem foi vice, em 2008.

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