Foco prioritário é a volta do auxílio emergencial, diz João Roma, novo ministro da Cidadania
Em sua primeira entrevista como ministro da Cidadania, João Roma afirmou, com exclusividade à CNN Brasil, que o foco prioritário da pasta é a volta do auxílio emergencial. Segundo ele, muitos brasileiros estão sofrendo e precisam da presença do estado.
“O governo do presidente Jair Bolsonaro, junto com Congresso Nacional, está trabalhando justamente nesse quesito do auxílio emergencial e nós estamos totalmente engajados em poder, o quanto antes, oferecer as premissas para novo auxílio”, disse.
Roma, no entanto, disse que o valor do benefício ainda está em discussão e que o martelo não foi batido sobre os R$ 300. De acordo com ele, o importante agora é buscar o que é viável.
“É um momento de pressa para todos os brasileiros. A responsabilidade fiscal e a tensão na área econômica sempre é crucial, mas não adianta apenas olhar para números enquanto tiver brasileiros que não tenham a mão do estado estendida”, afirmou.
O ministro disse, ainda, que a área social e a econômica precisam caminhar juntas porque, apesar da necessidade de estender o auxílio, é preciso manter o foco na responsabilidade fiscal e na segurança jurídica.
“Ao mesmo tempo que é fundamental estender o auxílio, não podemos perder o foco na responsabilidade fiscal, na segurança jurídica, nos sinais que se dão para a retomada da economia. Ao invés de ter uma queda de braço, estamos todos no mesmo governo e precisamos agir em conjunto”, disse.
Bolsa Família na sequência
João Roma falou sobre o futuro do programa Bolsa Família e contou que pretende reestruturar o programa.
“Pretendemos, sim, fazer uma reestruturação do Bolsa Família. Ainda não temos a definição dos pilares. Estamos levantando as informações e, logo que avancemos no assunto urgente do momento, que é o auxílio emergencial, vamos nos debruçar sobre o Bolsa Família”, afirmou.
Polêmica na nomeação
Sobre a nomeação para o Ministério, o chefe da pasta lamentou o desentendimento com ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente do Democratas ACM Neto (DEM-BA).
Segundo ele, o processo que resultou a escolha dele foi da equipe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do Republicanos.
“É injusto imputar a ACM Neto participação no processo da escolha do meu nome, assim como é injusto que eu pague um preço de uma desavença entre ele e Rodrigo Maia. Não está nada superado, ACM Neto manifestou muito aborrecimento com a posição que tomei, mas não podia me furtar de uma missão partidária e republicana, de cuidar dos brasileiros que mais precisam, não deixar ninguém para trás”, finalizou.