Maçonaria repudia ‘produção imbecil’ de ‘informações falsas’ depois de vídeo de Bolsonaro
A Confederação Maçônica do Brasil (Comab) divulgou uma nota em que diz estar atenta “à produção covarde, imbecil e oportunista de informações falsas, inverídicas e revestidas de maldades para enganar nosso querido povo brasileiro”.
O comunicado é uma reação a publicações nas redes sociais que associam Jair Bolsonaro (PL) à prática da maçonaria. Um vídeo em que o presidente discursa a maçons voltou a circular nesta terça (4), gerando controvérsias entre uma base importante do eleitorado do presidente, os evangélicos.
As expressões “maçonaria”, “decepção”, “Bolsonaro satanista” e “traidor” figuraram entre os assuntos mais comentados das redes.
No documento, a Comab diz que é uma instituição “do bem para o bem” e que não compactua “com pessoas do mal, inescrupulosas e desprovidas de caráter que tentam deturpar nossos princípios em nome de objetivos abjetos, escusos e nefastos que desejam arrastar nosso país ao caos”.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, a maçonaria não é um movimento religioso, mas inclui elementos alegóricos e místicos que levam muitas igrejas cristãs a desconfiarem ou mesmo proibirem que seus fiéis se tornem maçons.
A nota da Comab ressalta ainda que a maçonaria é formada por “homens livres e de bons costumes, sendo estes, requisitos de ingresso na Ordem Maçônica”.
O texto aponta também que o movimento não está associado a partidos políticos, atua pela preservação da liberdade religiosa e combate aqueles que chamam de inimigos da humanidade -“os hipócritas, que a enganam; os pérfidos, que a defraudam; os fanáticos, que a oprimem; os ambiciosos, que a usurpam, e os corruptos e sem princípios que abusam da confiança dos povos”.
A Comab, o Grande Oriente do Brasil e a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil são as três vertentes da maçonaria regular no Brasil. Os líderes das organizações vão discutir a repercussão do vídeo em uma agenda, que estava marcada previamente, no próximo fim de semana.
FOLHAPRESS