Xi e Lula concordaram que diálogo e negociação são única saída viável para guerra da Ucrânia, diz China
Xi e Lula concordaram que diálogo e negociação são única saída viável para guerra da Ucrânia, diz ChinaReuters
Os presidentes de Brasil e China, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Xi Jinping, concordaram que “diálogo e negociações” são a única saída viável para a guerra da Ucrânia, informou a mídia estatal chinesa, nesta sexta-feira (14).
Os líderes se reuniram nesta sexta no Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês, em Pequim, antes de assinarem uma série de acordos de cooperação entre os países.
Durante o encontro, Xi manifestou ao petista que a China fez das relações com o Brasil uma “prioridade diplomática”.
Ele também afirmou que os países devem aprofundar “a cooperação prática e o potencial de cooperação em setores, incluindo agricultura, energia e construção de infraestrutura”.
A reunião entre Lula e Xi foi parcialmente aberta à imprensa, antes de prosseguir a portas fechadas.
Durante esse encontro, o presidente brasileiro disse que está demonstrando que “não temos preconceito com o povo chinês”.
Além disso, Lula afirmou que “ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China“.
A fala é uma resposta às críticas e questionamentos sobre a visita de Lula à Huawei, gigante de tecnologia chinesa banida nos Estados Unidos por segurança nacional e medo de espionagem.
O presidente brasileiro reafirmou uma posição de independência em relação à política externa e não alinhamento com nenhuma das forças internacionais.
Lula e a primeira-dama Janja da Silva foram recebidos por Xi e sua esposa Peng Liyuan na Praça da Paz Celestial, por volta das 5h35 (horário de Brasília), em uma cerimônia de boas-vindas.
Mais cedo, Lula se encontrou com diversas lideranças chinesas em Pequim.
Seu primeiro encontro foi com o presidente da State Grid, Zhang Zhigang, empresa chinesa de energia elétrica que tem investimentos no Brasil.
Lula reforçou a importância dos investimentos chineses no país, a confiança na economia nacional e o foco do governo em investimentos em energias renováveis e na ampliação da rede de transmissão integrando projetos de geração eólica e solar com a rede convencional.
“Nós não queremos ser vendedores de empresas. Nós queremos construir, com parcerias, as coisas que precisam ser feitas no Brasil”, afirmou o presidente.
Em seguida, reuniu-se com o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês.
Eles falaram sobre elevar o patamar da parceria estratégica entre Brasil e China, ampliar fluxos de comércio entre os países e equilibrar a geopolítica mundial.
Lula ressaltou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a China como economia de mercado, reforçou que o país asiático foi parceiro essencial para a criação dos BRICS e que a relação bilateral entre as nações tem o potencial de consolidar uma nova relação sul-sul no âmbito global.
(Publicado por Léo Lopes, com informações da Reuters)