Entenda como foi feita primeira ‘live’ de Marte, transmitida pela Agência Espacial Europeia
Imagem de Marte transmitida pela Agência Espacial Europeia ao vivo. (Foto: Reprodução)
A comemoração do 20º aniversário da missão espacial não tripulada “Mars Express” entrou para a História: nesta sexta-feira, a Agência Nacional Europeia (ESA) fez a primeira “live” de Marte. O evento, que ocorreu entre 13h e 14h (horário de Brasília), foi o mais próximo de uma transmissão ao vivo, embora as imagens do Planeta Vermelho tenham demorado 17 minutos para chegar à Terra.
De acordo com a instituição europeia, uma câmera de alta resolução (HRSC) foi utilizada para criar o mosaico com os registros do planeta. Este equipamento costuma ser usado para fotografar a superfície de Marte a uma altitude de cerca de 300 km — o mais próximo que a espaçonave consegue chegar. Com isso, é possível cobrir áreas de cerca de 50 km de diâmetro.
Desta vez, no entanto, o processo foi “ligeiramente diferente”. De acordo com a ESA, a câmera reuniu 90 imagens em altitudes mais elevadas (de 4 mil a 10 mil km), capturando áreas de cerca de 2,5 mil km de largura. Depois, os registros foram reunidos para formar uma visão global completa.
Em outras palavras, a câmera realizou diferentes imagens de Marte e, depois, as reuniu, formando um mosaico com a visão do Planeta Vermelho. Essas fotografias em alta escala são geralmente feitas pela agência para observar os padrões climáticos do planeta. Mas, ainda que a ESA tenha destacado que a câmera consiga fazer registros coloridos, a qualidade ainda não é tão alta.
” Esta é uma câmera que foi originalmente planejada para fins de engenharia, a uma distância de quase três milhões de quilômetros da Terra. [O feito de hoje] nunca foi tentado antes “, explicou James Godfrey, gerente de operações de veículos espaciais da ESA.
O Globo