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Paraíba tem 13% de empregados em trabalho remoto e teletrabalho, diz IBGE

computador_aula_estudos_foto_pixabay-599x400 Paraíba tem 13% de empregados em trabalho remoto e teletrabalho, diz IBGE

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta quarta (25). (Foto: Pixabay/Ilustrativa)

A Paraíba registrou, em 2022, um total de 13% de pessoas empregadas em trabalho remoto e teletrabalho. Desse total, 7,7% do pessoal ocupado do estado realizava trabalho remoto e 5,3% estava no formato de teletrabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta quarta-feira (25) e obtida pelo ClickPB.

A PNADC levantou informações por meio de um módulo temático sobre teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais, no 4º trimestre de 2022, ou seja, entre outubro e dezembro.

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Das pessoas ocupadas com 14 anos ou mais de idade na Paraíba, 115 mil realizavam trabalho remoto, 78 mil na modalidade de teletrabalho, entre os quais 74 mil no teletrabalho em domicílio e 9 mil fora do domicílio, enquanto 5 mil pessoas executaram as atividades laborais de teletrabalho tanto dentro como fora do domicílio.

Entende-se como trabalho remoto na pesquisa a execução de tarefas em locais distintos do ambiente de trabalho convencional, ou seja, em lugares diferentes daqueles geralmente associados à atividade profissional, como o próprio lar, residências alternativas, cafés, ou espaços de coworking independentes da gestão do empregador ou cliente. O teletrabalho, uma modalidade específica de trabalho remoto, faz uso de dispositivos eletrônicos pessoais, como computadores, tablets e telefones (sejam celulares ou fixos), para a realização das atividades laborais.

Em relação ao rendimento médio mensal, a pesquisa constatou uma grande disparidade entre aqueles que realizavam o teletrabalho (R$ 5.964) para os que não realizavam teletrabalho (R$ 1.636), uma diferença de R$ 4.328.

A assimetria de rendimento médio entre os trabalhadores remotos não pode ser diretamente atribuída ao teletrabalho. Essa diferença está fortemente associada ao perfil predominante das pessoas que adotam o teletrabalho, sendo influenciada por diversos fatores, que incluem ocupações que demandam maior nível de escolaridade, empresas inseridas em setores que oferecem remunerações mais elevadas, a presença de infraestrutura para o teletrabalho no domicílio, frequentemente custeada pelo próprio trabalhador, bem como a disponibilidade de acesso à Internet de qualidade, entre outros aspectos relevantes.

Entre as pessoas que realizavam teletrabalho no domicílio, o rendimento médio mensal era ainda maior, com valor de R$ 6.126. O estado ocupa a nona posição entre as unidades da federação que proporcionavam maior remuneração nessa modalidade, sendo o Distrito Federal aquela que detinha o primeiro lugar (R$ 9.179), seguido pelo Rio de Janeiro (R$ 7.559) e São Paulo (R$ 7.364). A média brasileira encontrava-se em R$ 6.567.

A média de horas habitualmente trabalhadas de quem realiza o teletrabalho, no estado, era de 36,4 horas semanais, enquanto aqueles que não adotavam a modalidade possuíam carga horária de 37,1 horas. Esses valores estão abaixo da média brasileira, com 39,7 e 39,3 horas, respectivamente.

Plataformas digitais

As plataformas digitais de trabalho conectam trabalhadores a empresas e clientes e têm assumido uma importância crescente no mundo do trabalho. Quatro tipos de plataformas digitais de trabalho foram contemplados na pesquisa: aplicativos de táxi; aplicativos de transporte particular de passageiros (exclusive aplicativo de táxi); aplicativos de entrega de comida, produtos etc.; e aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais.

Embora a flexibilidade na escolha de quando e onde trabalhar possa ser apontada como uma vantagem do trabalho plataformizado, observa-se que os trabalhadores plataformizados, no estado, tinham, em média, jornadas semanais mais extensas (45,2 horas) em comparação aos não plataformizados (37,2 horas), seguindo a tendência brasileira com médias de 46 e 39,5 horas, respectivamente.

Entre aqueles que trabalhavam por meio de plataforma digital em seu serviço principal, a pesquisa constatou que média salarial era de R$ 2.165, enquanto para aqueles que não trabalhavam, o valor chegava ade R$ 1.475.

Ressalta-se que apenas 1,4% dos trabalhadores da Paraíba adotavam esse tipo de trabalho (plataforma digital) como seu serviço de trabalho principal, média abaixo da brasileira (1,7%) e da capital paraibana (2,1%), porém acima da média nordestina (1,3%).

ClickPB

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