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Decisão sobre perfuração da Petrobras na foz do Amazonas ficou para 2024, diz Ibama

petrobras-foz-do-amazonas-estudos-599x400 Decisão sobre perfuração da Petrobras na foz do Amazonas ficou para 2024, diz Ibama

A fala foi feita após participar de uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente Lula. O pedido foi apresentado pela Petrobras no início do ano e opôs áreas do governo Lula. (Foto: Reprodução)

A expectativa em torno da possibilidade de extrair petróleo da Foz do Amazonas deve ganhar ainda mais força com o anúncio do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. Ele afirmou após reunião com o presidente Lula, na última quarta-feira (22) que o órgão deve responder no inícío de 2024 o pedido da Petrobras para exploração de petróleo na região da Foz do Amazonas.

A fala foi feita após participar de uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente Lula. O pedido foi apresentado pela Petrobras no início do ano e opôs áreas do governo Lula.

“A gente está analisando, não tem ainda uma conclusão. […] O Ibama está fazendo um trabalho prioritário em relação a isso e, provavelmente, no começo do ano a gente tenha alguma resposta relacionada a este pedido específico […] localizado na região conhecida como Foz do Amazonas. Nós não temos ainda uma conclusão”, afirmou Agostinho.

A Petrobras estima que a área de exploração na região pode render 14 bilhões de barris de petróleo. Quando o pedido foi apresentado, o Ibama negou, mas a estatal apresentou um novo pedido.

Em maio deste ano, ao participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, a gerente-geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras, Daniele Lomba, defendeu a exploração. Na ocasião, Daniele Lomba afirmou que o Brasil “necessita de novas reservas de petróleo e gás para garantir a segurança e a soberania energética”.

Em resposta, na mesma audiência, Rodrigo Agostinho afirmou que o Ibama não é responsável pela política energética do país e que a região da Foz do Amazonas é “sensível”. “Nós temos uma área sensível, que tem pesca, com grande biodiversidade, que tem três unidades de conservação, que tem uma área com terras indígenas, então, teremos que ser mais rigorosos”, afirmou Agostinho na ocasião.

Agostinho participou de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, secretários da pasta e representantes dos diferentes biomas brasileiros.

O encontro foi solicitado pelo próprio Lula, para alinhas principalmente a posição brasileiro de enfrentamento aos crimes ambientais, às vésperas da COP28, nos Emirados Árabes Unidos. Um dos pontos da discussão foi a questão dos planos para enfrentamento a desmatamento nos biomas brasileiros.

 

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