Secretariado da ONU diz que está ‘pronto para ajudar o povo do Brasil’ após enchentes no Rio Grande do Sul
Homens ajudam a remover mulher no bairro de Humaita, em Porto Alegre, em 8 de maio de 2024 — Foto: Diego Vara/Reuters
O secretário-geral da ONU, António Guterres, sente “profunda tristeza com a perda de vidas e os danos causados pelas fortes chuvas e enchentes no sul do Brasil”, de acordo com uma nota divulgada pelo porta-voz dele, Stéphane Dujarric, nesta quarta-feira (8).
“A equipe das Nações Unidas no país está pronta para ajudar o povo do Brasil neste momento difícil”, diz a nota.
O texto termina falando que desastres como este “são um lembrete dos efeitos devastadores da crise climática sobre vidas e meios de subsistência”.
Houve mortes em mais de 40 cidades do Rio Grande do Sul em decorrência das chuvas e das enchentes.
foi atingida por conta do transbordamento do Guaíba –o nível da água chegou a 5,28 metros, quatro acima do volume considerado normal.
Causas das enchentes
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas:
- Correntes intensas de vento.
- Corredor de umidade da Amazônia, que aumenta a força da chuva.
- Bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
Número de mortes chega a 100
O número de mortos em razão das enchentes e dos temporais no estado do Rio Grande do Sul chegou a 100, de acordo com o boletim da Defesa Civil do estado. Ainda há 130 desaparecidos e 374 feridos.
Há 230,4 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67,4 mil em abrigos e 163,7 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
O RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas.
O Papa Francisco mencionou as vítimas do estado em sua missa do último domingo.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
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