Avião militar russo com 92 a bordo cai no mar Negro; não há sobreviventes
Um avião militar russo com 92 pessoas a bordo caiu neste domingo (25) no mar Negro. Segundo informações do Ministério da Defesa da Rússia, que descarta ação terrorista como a causa da queda, não há sobreviventes.
A aeronave, um Tupolev 154 no qual viajavam 84 passageiros e 8 tripulantes, desapareceu dos radares cerca de 20 minutos após decolar do distrito de Adler, próxima ao balneário de Sochi, no sul do país.
As equipes de resgate já encontraram destroços do avião a cerca de 1,5 km da costa, a uma profundidade de entre 50 e 70 metros. O primeiro corpo foi achado a cerca de 6 km de Sochi, informou o porta voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
O avião fazia uma viagem de rotina à base aérea russa em Hmeimim, na Síria, vizinha da cidade costeira de Latakia. Ele transportava militares russos e 68 membros da Alexandrov Ensemble, banda militar que iria participar das celebrações de fim de ano na base russa. Nove jornalistas também estavam no voo.
A emissora de televisão públicas Pervy Kanal, NTV e Zvezda informaram ter cada uma três funcionários a bordo. A diretora de uma organização de caridade respeitada na Rússia, Elizaveta Glinka, também morreu.
O presidente russo, Vladimir Putin, expressou “mais profundas condolências” às famílias das vítimas.
INVESTIGAÇÃO
Uma investigação foi aberta para determinar os motivos da queda do avião e para verificar se houve violações de normas de segurança aérea.
Os investigadores iniciaram os trabalhos interrogando os técnicos encarregados de preparar a aeronave antes da decolagem.
Segundo relatos, as condições de voo eram favoráveis no momento do acidente. Conforme informações do Ministério da Defesa, a aeronave acumulava 6.689 horas de vôo em 33 anos.
À agência russa Sputnik, o presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação, Viktor Ozerov, disse acreditar que a queda da aeronave ocorreu por um problema técnico ou falha humana. Ele descartou a hipótese de terrorismo.
Além disso, Putin pediu ao primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, para “formar e dirigir uma comissão do governo para investigar a queda do Tu-154”, indicou o Kremlin em um comunicado.
Vários Tupolev-154 sofreram acidentes nos últimos anos. Em 2010, uma aeronave deste modelo com 96 pessoas a bordo, entre elas o presidente polonês Lech Kaczynski e altos funcionários, caiu quando tentava aterrissar próximo de Smolensk, no oeste da Rússia. Todos os ocupantes morreram.
Moscou realiza bombardeios na Síria desde setembro de 2015, em apoio ao regime do ditador Bashar al-Assad. Cerca de 4.300 soldados russos estão na Síria.
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