Nas duas semanas em que recebeu as águas da Transposição do rio São Francisco, o açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Agreste da Paraíba, teve uma recarga superior a 2,7 milhões de metros cúbicos de água, totalizando 14,7 milhões, o equivalente a 3,6% de sua capacidade total. No dia 18 de abril, o reservatório tinha 11,9 milhões de metros cúbicos de água (2,9%). Os dados são da Agência Executiva Gestão das Águas (Aesa).
O reservatório abastece Campina Grande e outros 18 municípios da região, que enfrentam racionamento desde dezembro de 2014. Já o volume acumulado de chuvas deste ano na cidade de Boqueirão não passou de 1 milímetro, ainda de acordo com a Aesa.
Apesar da recarga, o Epitácio Pessoa ainda está na lista de 46 reservatórios do estado em situação crítica, com menos de 5% de seus volumes, sendo que cinco estão com o volume zerado, nas cidades de Algodão de Jandaíra, Picuí, Tavares, São José do Sabugi, São Mamede. Por outro lado, apenas três estão sangrando: São José II, em Monteiro; Manoel Marcionilo, em Taperoá; e Vazante, em Diamante.
Chuvas
Mataraca, no litoral norte da Paraíba, é a cidade com maior acúmulo de chuvas registradas nos quatro primeiros meses deste ano, segundo a Aesa. Segundo o órgão, a cidade já recebeu 604,4 milímetros de chuvas entre janeiro e abril, um volume 34,8% acima da média histórica de 448,4 milímetros.
Em seguida no ranking estão duas cidades do Sertão: Diamante, onde choveu 594,3 milímetros, e Pedra Branca, com 561,5 milímetros de chuva. Em João Pessoa, a Aesa registrou 276,8 milímetros de chuva, enquanto em Campina Grande foram apenas 41,5 milímetros, com apenas de chuva registrada em Boqueirão, onde fica o açude Epitácio Pessoa, conhecido pelo nome da cidade e que abastece Campina e mais 18 cidades da região. Segundo a Aesa, a média histórica de chuvas em Boqueirão é de 86,4 milímetros.
Jornal da Paraiba