BOMBA: Revista diz ter provas de propina no valor de R$ 22 milhões a Temer
Revista afirmou que teve acesso a notas frias de campanha de Serra e extratos de propina para Dilma e Lula.
A reportagem de capa da revista Época dessa semana promete mais uma bomba que irá atingir em cheio o cenário político nacional. Segundo a publicação, eles tiveram acesso à provas de diversos recebimentos ilegais que irão implica centenas de políticos brasileiros, inclusive Michel Temer. O peemedebista é acusado de ser o destinatário de propina no valor de R$ 22 milhões vindos da JBS.
A revista garante ter documentos que expõem a “compra sistemática” de políticos. Entre eles, já em sua capa, cita os 22 milhões de reais destinados a #Michel Temer, “as notas frias da campanha presidencial de José Serra”, “os extratos nos EUA da propina de Lula e Dilma no BNDES”, “os depósitos de US$ 1 milhão numa conta secreta indicada por Palocci” e “os pagamentos em dinheiro vivo para ministros, parlamentares e o presidente do Senado”.
A reportagem de capa dessa edição é um complemento para a do dia 17 de junho, quando a revista publicou uma entrevista com Joesley Batista, chefão da JBS que implicou Temer e diversos de seus pares em sua delação. Vale relembrar que, na edição anterior, Batista já havia afirmado que Michel Temer chefia a “maior e mais perigosa” organização criminosa do Brasil.
Essa nova bomba surgi poucos dias antes da votação no plenário da Câmara dos Deputados da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer por corrupção justamente baseada na delação da JBS. Os deputados decidirão na próxima quarta-feira (2) se autorizarão o prosseguimento da denúncia ou se irão barrá-la. São necessários pelo menos 342 votos, dos 513 deputados, para dar continuidade à investigação. Apesar das provas e indícios, o governo garante ter os votos necessários para barrar a denúncia já em sua fase política, não querendo arriscar em uma possível decisão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Detalhes
A reportagem conta com riqueza de detalhes sensações e nuances de momentos sistemáticos de pagamento de propina. A revista cita logo de cara o valor de R$ 1 milhão para um receptor de Michel Temer. Em um trecho do texto, é descrito o momento em que dois homens, Demilton de Castro e Florisvaldo de Oliveira, colocavam “um caixa de papelão” com o valor dentro de um porta mala de um Corolla. A revista garante que o pagamento foi ordenado pelo lobista Ricardo Saud.
Mais a fundo, a reportagem ainda descreve o momento em que um dos despachantes do dinheiro, Florisvaldo de Oliveira, foi ao escritório de João Batista Lima Filho, “o coronel faz-tudo de Temer” [VIDEO], como o descreve. Segundo a publicação, a ida de Oliveira foi apenas um “reconhecimento” do local onde ele iria entregar a propina posteriormente. A matéria ainda descreve um diálogo entre os dois homens em que o “coronel” dá uma dura em Oliveira. “Como é que você me aparece aqui sem o dinheiro?”, teria dito.
Segundo o cronograma apresentado pela reportagem da Época, um desses repasses ilícitos a Michel Temer ocorreu no dia 1º de setembro de 2014.
A publicação apresenta também números absolutos sobre os gastos na campanha de eleitoral de 2014. Teriam sido gastos R$ 433 milhões em doações oficiais e R$ 145 milhões de forma não tão lícita assim.
Ignorados
Apesar de todos os documentos, provas e indícios, o Congresso Nacional insiste em “ignorar” os dados apresentados pela JBS e segue sem punir nenhum de seus integrantes envolvidos nos esquemas apresentados pela empresa.
O caso mais clássico é o de Aécio Neves. Gravado pedindo dinheiro, com primo e irmã presos, o senador foi afastado de suas funções por determinação do Supremo Tribunal Federal, porém, teve o pedido de cassação no Conselho de de Ética do Senado arquivado sem nem análise do colegiado