Casemiro ainda busca o primeiro gol pela seleção brasileira
MANAUS – O estilo de jogo mais coletivo que a seleção brasileira ganhou com o técnico Tite diminuiu o peso sobre os ombros de Neymar e distribuiu melhor os gols da equipe. Entretanto, há um titular de linha da seleção que ainda não viu esses novos tempos chegarem. Casemiro, em grande fase, tem feito gols importantes pelo Real Madrid, mas, com a camisa do Brasil, o volante segue em busca do primeiro balançar das redes.
A nova oportunidade que terá será nesta terça-feira, contra a Colômbia, em Barranquilla, pelas Eliminatórias. Até agora foram 16 partidas com e nenhum gol marcado. Isso, porém, não o pressiona.
– É claro que é importante fazer gols, mas meu trabalho é dar equilíbrio ao time, ajudar meus companheiros no setor defensivo e na saída de bola. Tanto no Real quanto na seleção temos jogadores de grande qualidade para fazer os gols, não preciso me preocupar com eles.
Tudo verdade, mas é assim, sem se preocupar em fazer gols, que eles têm saído em boa quantidade no Real. Na atual temporada com o time, ele já deixou sua marca duas vezes em cinco partidas, um ótimo número por se tratar de um volante. Na temporada passada, fez um gol na decisão da Liga dos Campeões, contra a Juventus, e outro no superclássico contra o Barcelona.
Há uma boa explicação para Casemiro fazer mais gols pelo Real do que pela seleção: a diferença nas formações táticas das equipes. Com Tite, Casemiro é o “um” à frente da linha de quatro zagueiros do esquema 4-1-4-1. Sua obrigação com a marcação é considerável. Já na Espanha, ele joga em um meio de campo com três jogadores, sendo que há um revezamento entre ele e o alemão Toni Kroos quanto a quem se aproxima da área adversária. Quando é a vez dele de vir de trás, seu chute potente tem feito a diferença.
– Fazer um golzinho é sempre muito bom – admitiu.
Enquanto o gol não sai pela seleção, Casemiro prefere direcionar suas atenções para os desafios que a seleção, já classificada para a Copa, precisa enfrentar para chegar bem ao Mundial da Rússia. O jogo contra a Colômbia, por exemplo, promete ser de pressão sobre os brasileiros, uma vez que os colombianos estarão em casa e com a necessidade de vencer.
Já a partida contra o Equador, na visão de volante, foi um teste diante de uma forte retranca, daquelas que o Brasil deverá ter pela frente contra times mais fracos.
– Foi um jogo difícil, truncado, eles vieram claramente para empatar. Era uma partida assim que precisávamos, contra um adversário que fizesse um jogo de catimba – resumiu.