Cidades
Monteiro e Cariri são tema de reportagem em rede nacional sobre Transposição
Globo Rural percorreu de ponta a ponta o trecho já concluído para saber o que mudou com o acesso à água em sítios, fazendas, povoados e cidades.
Uma obra contra a seca imaginada no século 19 virou realidade, pelo menos em parte, quando um dos dois eixos da transposição do rio São Francisco foi inaugurado em março deste ano.
Uma equipe de reportagem do Globo Natureza percorreu esse eixo, de ponta a ponta, pra mostrar o que mudou no campo e nas cidades da região, agora banhada pelas águas do Velho Chico.
A transposição tem dois eixos. O norte, que não está pronto, vai captar agua na divisa da bahia com pernambuco e abastecer rios do ceará, rio grande do norte e paraíba.
O eixo leste, foi inaugurado em março passado e já está funcionando. A captação é feita um pouco abaixo e o eixo alimenta rios e açudes do cariri paraibano e irá levar água para quase 100 municípios de pernambuco.
São 217 quilômetros de canais, aquedutos, cânions escavados na rocha, um túnel, seis estações de bombeamento e 12 reservatórios que regulam o volume de água. A água passa direto por muitas cidades de Pernambuco que hoje não podem usá-la. O eixo segue direto para a Paraíba.
O fim da linha é a cidade de Monteiro, onde a água é despejada para encher o rio Paraíba. O ponto de desague é atração turística. Há anos não se via tanta água.
A água da transposição do rio São Francisco já melhorou a vida de muita gente, mas também trouxe frustrações e disputa pelo seu uso.