O volume de chuvas registrado na Paraíba em 2018 foi o maior dos últimos 5 anos, segundo os dados da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa). Segundo os dados divulgados, em 2018 as chuvas somaram 154,8 mil milímetros. Esse foi o maior volume desde 2014, quando foram registrados 164,3 mil milímetros
No ranking dos últimos 10 anos, o ano de 2018 ficou na 4ª posição. Nessa última década, os anos com maiores volumes foram: 1º 2011; 2º 2009; e 3 º 2014. Ainda nesses últimos 10 anos acompanhados pela Aesa, 2012 foi que teve menos chuvas.
O cálculo feito pelo G1 soma o total de chuvas de todas as estações monitoradas pela Aesa nos 223 municípios da Paraíba.
Segundo a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira, a grande variação registrada nos volumes de chuvas é uma característica do semiárido. “Mais de 80% da Paraíba é comporta de semiárido. Então a variação é muito grande sempre. Isso ocorre tanto de um dia para o outro, como naturalmente entre os anos”, disse ela.
Apesar de a variação ser comum, a meteorologista explica também que existem fenômenos e condições que acabam influenciando nas chuvas. “Tivemos fenômenos como El Ñino, as condições do oceano Atlântico. Por exemplo é importante que no Atlântico Norte esteja mais frio e no Atlântico Sul esteja mais quente. Além de outras condições do Oceano Pacífico. Então é muito complexo pensar em uma “fórmula de chuvas” pra o estado”, explicou Marle.
Volume de chuvas
Ainda de acordo com Marle Bandeira é importante destacar que o volume total de chuvas não indica diretamente que um ano foi mais seco que o outro, tendo em vista, que é importante entender que o estado tem regiões diferentes.
“É comum chover no Litoral, mas no Cariri, por exemplo, as chuvas podem ter volumes menores, mas que são importantes para a população. Se a gente tiver um ano de muitas chuvas no Litoral e no Sertão chover menos, teremos um ano seco. Mas se as chuvas no Sertão forem acima da média e no Litoral ficaram abaixo, teremos um ano bom de chuvas”, disse ela.
Volumes de chuvas na Paraíba na última década (fonte: Aesa)
- 2009 – 265.125,9
- 2010 – 154.506
- 2011 – 275.297,4
- 2012 – 112.514,7
- 2013 – 153.503,5
- 2014 – 164.351,4
- 2015 – 137.043,1
- 2016 – 146.106,8
- 2017 – 148.274
- 2018 – 154.845,1