O jornalista Simorion Matos retomou neste domingo (28), com sua coluna semanal no Portal VITRINE DO CARIRI. Na nova coluna Simorion aborda a política de Monteiro, maior cidade da região do Cariri paraibano, e outros assuntos. Confira a coluna:
OLHO VIVO
Por Simorion Matos
NINGUÉM SE PERDE NA VOLTA
Atendendo convite do jornalista Fred Menezes, estamos retomando a nossa coluna semanal, primando sempre pelo respeito às pessoas e pela valorização das coisas do Cariri e da Paraíba. Como disse o escritor José Américo de Almeida, NINGUÉM SE PERDE NA VOLTA.
MUDANÇAS PARTIDÁRIAS
A campanha 2.020 se avizinha e as lideranças políticas começam a tomar as primeiras definições partidárias. Embora não tenha acontecido qualquer anúncio formal, especula-se que a prefeita de Monteiro, Lorena de Doutor Chico, deverá deixar o PSDB. Segundo informações, o deputado federal Wellington Roberto teria convidado a prefeita para filiar-se ao PR – Partido da República. A prefeita monteirense também teria sido convidada pelo governador João Azevedo para filiar-se ao PSB, partido com o qual ela mantém um excelente relacionamento.
PARCERIA COM RESULTADOS
Bastante positivos os resultados da parceria entre o município de Monteiro e o Governo da Paraíba. A prefeita conseguiu a pavimentação asfáltica de várias ruas e diversas ações em benefício da comunidade, na cidade e na zona rural. Quando as ações administrativas se sobrepõem às questões políticas, o município é quem ganha. Pontos para o ex-governador Ricardo Coutinho, o atual governador João Azevedo e a prefeita Lorena.
NÚMEROS GANHADORES
Se filiar-se mesmo ao PR, Lorena usará na campanha o número 22. Por sinal, o mesmo número que o seu pai, Dr. Chico, usou na memorável campanha de 1988, quando conquistou a prefeitura de Monteiro, enfrentando um forte esquema político. Se for para o PSB, usará o 40, número que deu um olé na votação para o governo estadual.
SÃO JOÃO DE MONTEIRO
A expectativa para o São João de Monteiro é das melhores. Uma das inovações do evento este ano deverá ser o local, o Parque de Eventos à margem do açude público da cidade. No pé de serra, no sítio São Francisco, destaque para um filho da terra que se apresentou na época do prefeito Carlos Batinga e deverá voltar este ano.
TRABALHO CONTINUADO
Na gestão da prefeita Edna Henrique, o deputado federal Wellington Roberto conseguiu para Monteiro o açude do Mocó. Agora, na gestão de Anna Lorena, ele conseguiu o açude do Macapá. Valeu o voto.
OPOSIÇÃO EM SUMÉ
O vereador Juan Pereira está construindo uma ampla composição oposicionista em Sumé, visando disputar o pleito do próximo ano. Deverá enfrentar o atual prefeito Eden Duarte ou mesmo o ex-prefeito Doutor Neto.
FESTA NA FAVELA
O Flamengo mostrou qualidade e derrotou o Cruzeiro por 3 X 1, na estréia do Brasileirão 2019. Primeira derrota do Cruzeiro na temporada (vinha de 22 jogos de invencibilidade) e primeira vez no ano que o time leva três gols. Aliás, a última vez que sofreu três gols foi em setembro do ano passado, na derrota por 3 a 1 para o Palmeiras.
VALORES DO CARIRI
DINIZ VITORINO FERREIRA, natural de Monteiro, na Paraíba, nasceu em 6 de maio de 1940. Começou a cantar com a viola quando tinha 16 anos. Um dos grandes mestres de uma geração de repentistas históricos. Era de família de poetas, filho de Joaquim Vitorino e irmão do também poeta Lourinaldo Vitorino. Foi parceiro de nomes clássicos da nossa cantoria de repente, entre eles estão Manuel Xudú, os irmãos Batista, Pinto do Monteiro, Jó Patriota, Ivanildo Vilanova, Geraldo Amâncio e Oliveira de Panelas. O mestre Diniz era dono de uma das vozes mais fortes do repente. De uma linhagem de poetas eruditos e letrados, com um vocabulário rebuscado tanto no falar como no modo de cantar de improviso, ou escrevendo seus sonetos, entre eles:
A VELHICE
Exaustiva e penosa trajetória,
Missão árdua por nós quase cumprida.
Velha culta que esconde na memória
Efêmeras imagens de uma vida.
Documento perfeito duma história,
Pelo tempo contada e definida.
Resgate da dívida compulsória
Que há décadas atrás foi contraída.
Conta estúpida, perversa e esquisita,
Que com juros o mundo deposita,
Nos extratos da vida da pessoa.
Débito alto, guardado em seus arquivos,
No caderno dos saldos negativos,
Que o gerente do tempo não perdoa.