Não poderíamos deixar de registrar, a passagem do aniversario de morte de uma pessoa que teve sua marca registrada na Historia de Monteiro-PB, estamos falando de Paulo Nunes de Sousa, Pernambucano, radicado em Monteiro-PB.
Paulo Nunes ” Paulo Pintor” como era mais conhecido pelos amigos, foi uma figura impa na sua época, artista plastico, pintor, e boêmio, onde fazia da boemia um estilo de vida inconfundível, quem teve a sorte de conviver com ele, sabe de como era brincalhão e cheio de peripécias.
Paulo Nunes veio ao mundo para deixá-lo mais colorido, deixou sua arte registrada pelos quatro cantos onde passou, várias casas de shows, inclusive o clube municipal Alexandre da Silva Brito, casas, e comércios da região. Nas paredes e painéis pintou animais, plantas e coqueirais onde o colorido tropical predominava ali encantando os olhos de quem via.
E não para por aí Paulo, em meados de 1985 foi incumbido de duas grande missões, a primeira de restaurar a bela Matriz de Nossa Senhora das Dores em Monteiro, ” que fez com maestria” a segunda foi convocado pelo então vereador Romualdo Maia para criar o Brasão da nossa querida Monteiro. Automaticamente Paulo pegou uma caneta e rabiscou na palma da mão o que hoje é o nosso brasão.
Paulo Nunes na sua genialidade, “pensou” Nada melhor que nos representar do que a nascente do rio Paraíba, na serra do jabiraca, com o verde da serra onde o rio começa estreito depois alarga, como mostra o brasão, nele está escrito FIDES ET AUDACIA “Fé e coragem” sugerido por João Bosco Pereira. E assim foi criado e pintado por ele o que hoje representa a cidade de Monteiro.
Paulo Nunes, nos deixou e partiu para colorir o infinito no dia 31 de março de 1997 deixando saudades naqueles que tiveram a honra de conhece-lo.
Deixou cinco filhos e viúva, sua esposa Maria do Socorro Sousa ” Professora”. Após sua morte a vereadora Betinha homenageou o artista dando o seu nome a uma rua da cidade, onde hoje reside sua esposa.
PAULO NUNES DE SOUSA * 1942 + 1997
O pipoco
Ótima matéria. Para quem compartilha um pouco da história da arte, arquitetura em geral e não teve a oportunidade de conhecer, assim como eu não tive, sinto um enorme orgulho de sermos conterrâneo, que mesmo sem ser arquiteto transformava a nossa cidade com a ponta de um lápis e pincéis. Assim como Michelangelo deixou seus traços marcados na Capela Sistina, Paulo Nunes deixou sua marca no vasto ciclo do teto da Igreja Matriz patrimônio que temos e poucos se importam, pensamento voraz e traço consciente fez o nosso brasão municipal uma marca do que temos de real valor hoje “nascente do Rio Paraíba”, e infelizmente poucos dão o valor que se tem por merecer! Como estudante de arquitetura reconheço tuas habilidades e quem me dera ter te conhecido!
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