Vice do torneio três vezes, Marcelo Oliveira diz: “Está na hora de ganhar”
Marcelo Oliveira dominou o futebol brasileiro nas últimas duas temporadas com o bicampeonato nacional com o Cruzeiro. Mas ainda falta no currículo do treinador uma conquista na Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, ele começa a decidir a competição mata-mata pela quarta vez na carreira, à frente do Palmeiras, contra o Santos.
Quando ainda dirigia o Coritiba, Marcelo Oliveira bateu na trave duas vezes: em 2011 perdeu para o Vasco de Fernando Prass e em 2012 perdeu para o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari. No ano passado, o Cruzeiro acabou derrotado pelo Atlético-MG.
Satisfeito com a campanha alviverde na competição, Marcelo Oliveira elogiou o trabalho dos palmeirenses nesta temporada e falou sobre o seu desejo pessoal.
– Embora discuta-se a condição técnica das duas equipes neste momento, nós chegamos não por um sorteio ou loteria. Foi construída por muito trabalho e sacrifício. Passamos por Cruzeiro, Internacional, Fluminense quando alguém não acreditava. É pelo trabalho que vamos tentar ganhar. Para mim, seria importante. Em cinco edições, são quatro finais. Está na hora de tentar ganhar – disse.
– Precisamos pensar nesse título de maneira diferente. A necessidade não é minha ou momentânea do Palmeiras. A necessidade é de um clube grande, de tradição de conquista, uma instituição grandiosa, uma torcida numerosa que tem nos prestigiado muito – comentou.
Uma das finais, a de 2014, também foi contra um rival. À frente do Cruzeiro, ele foi derrotado pelo Atlético-MG. Há diferenças, na opinião de Marcelo Oliveira. Mesmo assim, o treinador guarda experiência para tentar desfecho diferente diante do Santos.
– Foi um pouco diferente porque estávamos construindo uma liderança no Brasileiro de sete meses e não poderíamos deixar escapar. O Atlético teve condição de descansar o time nos dois jogos e isso fez uma certa diferença. Precisa de equilíbrio emocional para jogar com um rival. Com certeza vou falar sobre isso, dividir todas as bolas, não deixar o adversário jogar, dentro das regras do jogo. Essa rivalidade precisa ficar fora a partir do momento que o jogo começa – afirmou.
Embora reconheça a necessidade de vencer, depois de tantas finais, o comandante palmeirense mostrou incômodo com a maneira como pode ser visto em caso de novo insucesso.
– Um técnico três vezes vice-campeão, na Europa, é premiado. Aqui pode ser um fracasso. Não devo pensar nisso. Vou pensar que é muito positivo chegar em uma competição que tem 80 equipes, com as principais equipes brasileiras, e utilizar a experiência – falou.