Na Paraíba, o Tribunal de Contas do Estado contabilizou 79 obras paralisadas, com investimentos de mais de R$ 62,5 milhões, e o Tribunal de Contas da União identificou 85 serviços de saneamento básico e educação parados, atrasados ou sequer iniciados, há quase uma década. E o número é bem maior, porque as auditorias são por amostragem ou denúncias. A maioria é investimento federal e convênios com os municípios. Diante do desperdício de dinheiro público nos esqueletos inacabados, o povo se pergunta: onde foi parar o dinheiro?
Faltam fiscais e transparência. O TCU verificou que obras paralisadas financiadas pelo FNDE, por exemplo, constavam como “em execução” e mais de 50% das obras em andamento apresentavam qualidade deficiente. Prédios que deveriam estar servindo à população são somente estruturas desgastadas, alguns servindo até de ponto de uso de drogas. Uma creche que deveria estar pronta, por exemplo, está tendo a estrutura corroída pelo tempo.
O relatório do TCU comprovou saques indevidos nas contas dos convênios de obras de esgotamento sanitário. Além disso, empresas continuaram faturando mesmo tendo abandonado o canteiro de obras.
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