Corinthians empata com o São Paulo e vê Palmeiras abrir
Crinthians continua sem perder para o São Paulo em Itaquera. Na tarde deste domingo, entretanto, também não venceu. Empatou por 1 a 1, com gols do peruano Cueva (de pênalti) e do volante Bruno Henrique (de cabeça), e ficou mais distante da ponta da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.
O Corinthians irá se despedir do estádio onde acumula quatro vitórias e um empate contra o São Paulo – Itaquera será sede no torneio de futebol das Olimpíadas – no próximo sábado, diante do Figueirense. Um dia depois, o rival enfrentará o Grêmio em Porto Alegre.
O jogo – Com a lembrança da histórica goleada por 6 a 1 aplicada sobre o São Paulo em mente, em faixas e em gritos, a torcida única do clássico deste domingo tentou criar um ambiente semelhante àquele do último Majestoso do Campeonato Brasileiro de 2015. Houve até quem ameaçasse um coro de “olé” para uma troca de passes defensiva.
O Corinthians, no entanto, precisava colaborar com a euforia do seu público. Fagner até tentou, ao aplicar um belo chapéu em Cueva, o que não minimizou as dificuldades da sua equipe para envolver o adversário nos primeiros 10 minutos de partida.
Cueva ainda respondeu aos corintianos com categoria. O peruano fez grande jogada individual, passando a bola entre as pernas de Balbuena, e acabou derrubado por Yago quando entrou na área. Ele mesmo cobrou o pênalti, no canto para onde Cássio saltou, e converteu. Na comemoração, correu provocadoramente em direção à torcida organizada do Corinthians e recebeu um cartão amarelo como punição.
A desvantagem no marcador desestabilizou o Corinthians, que oferecia espaços para avançar pela esquerda e não ia além da empolgação característica de Romero pela direita. O nervosismo aumentou quando Thiago Mendes chutou a bola na cabeça de Marquinhos Gabriel com o jogo paralisado, iniciando uma pequena confusão.
Aos 21 minutos, o Corinthians se acalmou outra vez. A defesa do São Paulo vacilou ao deixar a bola com Danilo do lado direito da área. No cruzamento, Marquinhos Gabriel chegou antes do que os seus companheiros e bateu de primeira. Rodrigo Caio desviou, e Bruno Henrique estava com o reflexo apurado para cabecear para dentro.
Reanimado, o Corinthians melhorou um pouco na tentativa de se desvencilhar da forte marcação imposta por Edgardo Bauza – apesar de Giovanni Augusto continuar sem inspiração. Aos 28, por exemplo, Rodriguinho só não virou o jogo porque parou em grande defesa de Denis em um chute no canto, da entrada da área.
As investidas do Corinthians abriam a possibilidade para o São Paulo contra-atacar com mais contundência. Ytalo era eficiente nessas jogadas ao segurar a marcação, mas Centurión e Michel Bastos eram menos ágeis do que Cueva havia demonstrado ser no princípio do jogo.
Logo no princípio do segundo tempo, contudo, o São Paulo quase fez o seu segundo gol com a ajuda de Centurión. A defesa do Corinthians parou porque achou que seria assinalado impedimento do argentino, e Hudson tirou proveito para avançar e tentar driblar Cássio. O goleiro conseguiu fazer a intervenção.
O Corinthians também assustou. Com Romero, que cabeceou firme após um cruzamento da direita, livre de marcação, e viu Denis trabalhar muito bem. Quase em seguida, Cristóvão Borges resolveu apostar em Elias, recuperado de uma fratura na costela, no lugar de Rodriguinho – e o volante já tomou um cartão amarelo ao acertar Centurión.
Como Elias não se mostrou muito envolvente, Cristóvão não tardou a mudar o Corinthians novamente. Trocou Giovanni Augusto, em mais uma tarde ruim, por Guilherme. Centurión, que também não vinha bem, e Michel Bastos foram substituídos por Bauza pelo estreante Gilberto e por Luiz Araújo.
A última alteração do Corinthians não foi do gosto da sua torcida. Cristóvão sacou Marquinhos Gabriel para a entrada de Rildo e foi vaiado pela primeira vez pelo público de Itaquera. De imediato, Bauza colocou Wesley na vaga de Ytalo.
A pressão que se iniciou a partir de então foi são-paulina. Wesley chegou a ficar com o gol aberto na pequena área, mas levou a pior na dividida com Yago. Depois, o mesmo volante apareceu nem na frente de Cássio, que contou com a ajuda de Balbuena para evitar o gol.
O Corinthians até segurou as investidas do São Paulo, presente com frequência no setor ofensivo, mas também não chegou mais a incomodar o rival. Nos minutos derradeiros, boa parte da torcida que ainda festejava a goleada por 6 a 1 de 2015 silenciou. E, ao apito final do árbitro Péricles Bassols, vaiou o time de Cristóvão Borges.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 X 1 SÃO PAULO
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)
Data: 17 de julho de 2016, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (PE)
Assistentes: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Público: 42.099 pagantes (total de 42.410)
Renda: R$ 2.620.166,00
Cartões amarelos: Rodriguinho, Fagner e Elias (Corinthians); Cueva, Hudson e Thiago Mendes (São Paulo)
Gols: CORINTHIANS: Bruno Henrique, aos 21 minutos do primeiro tempo; SÃO PAULO: Cueca, aos 15 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Yago, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique, Rodriguinho (Elias), Romero, Giovanni Augusto (Guilherme) e Marquinhos Gabriel (Rildo); Danilo
Técnico: Cristóvão Borges
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Centurión (Gilberto), Cueva e Michel Bastos (Luiz Araújo); Ytalo (Wesley)
Técnico: Edgardo Bauza
TERRA