Como tudo que é feito no Brasil em termos de obras públicas, a transposição do rio São Francisco vem apresentando problema na vazão da água e por conta disso a recarga do açude de Boqueirão ainda é muito lenta. Todo planejamento feito em relação à suspensão do racionamento no abastecimento de Campina Grande teve que ser revisto. Na pressa de mostrar serviço e tentando compensar o atraso, o governo federal inaugurou o Eixo Leste sem ter feito os testes necessários, e o sistema de bombeamento funciona precariamente.
O problema que ora acontece já havia sido previsto pelo ex-secretário de Recursos Hídricos do Estado, Francisco Sarmento. Logo quando o governo alardeou a entrega das obras, Sarmento explicou que a pequena lâmina de água que passa por Monteiro não é suficiente para garantir uma recarga normal do açude Epitácio Pessoa e, com essa situação, o abastecimento da Rainha da Borborema continua comprometido.
GAMBIARRAS
Vale lembrar que, para agilizar a chegada das águas do São Francisco a Boqueirão, tiveram que “rasgar” os açudes de Poções (Monteiro) e de Camalaú, localizados no curso do Rio Paraíba. .
Se não tivessem sido feitas essas “gambiarras”, o precioso líquido talvez ainda estivesse lentamente tentando chegar à terra onde o comandante da AESA, João Fernandes, foi prefeito.
Enquanto nos países de primeiro mundo as obras são planejadas e feitas com critérios técnicos, no nosso Brasil tudo é feito no improviso. Incompetência ou Irresponsabilidade?
UMA FESTA CADA VEZ MELHOR
A programação do São João de Monteiro – Uma Festa Cada Vez Melhor, anunciada pela prefeita Anna Lorena, agradou em cheio, pela valorização dos artistas da terra, pela preservação do forró autêntico e pelo recheio com grandes atrações nacionais. Este ano, além dos shows no palco principal, haverá no Sítio São João o forró pé de serra, começando todos os dias às 16 horas, como um aquecimento para os shows. E no dia 14 começará o Festival de Quadrilhas nas ruas da cidade.
Entre as inúmeras atrações, o São João de Monteiro terá no período de 23 a 28 de junho: Karkará, Dejinha de Monteiro, Neno, Sirano e Sirino, Gente Boa, Luciene Melo, Adriano Silva, Walkyria Santos, Mano Walter, Maiara e Maraisa, Magníficos e Eliane – A Rainha do Forró.
NA TERRA NATAL
Acompanhado dos manos Vimário (Menca) e Namário (Coca) com as esposas, o professor Vicemário Simões, reitor da UFCG, esteve em Monteiro no sábado (27), prestigiando o casamento da sobrinha Simere Sabrina com Luan Amorim.
Durante o coquetel da recepção, o reitor conversou bastante com a prefeita Anna Lorena.
PAULO DA FARMÁCIA PARTIU
A sociedade monteiremse perdeu no domingo (28) o empresário Paulo da Farmácia, falecido na capital paraibana.
Assim como eu, Paulo era parkinsoniano e enfrentava há tempos os terríveis efeitos desta doença degenerativa, incurável e progressiva.
Paulo da Farmácia foi uma das mais representativas figuras da comunidade. Tive a felicidade de conviver com ele, inclusive trabalhando na Farmácia São Paulo e na fábrica de doces que ele funcionou durante um bom tempo.
O filho de Manoel Joaquim e genro de Silva Brito deixa um grande legado para a história da sua terra.
A CASERNA RESOLVE?
Um amigo que acompanha o dia a dia nacional comentou comigo esta semana sobre a degradação que tomou conta da política brasileira e o lamaçal que invadiu os poderes da república.
Perguntei se ele indicaria uma opção a ser escolhida pelo povo para reorganizar o país e ele, textualmente, informou não existem opções no meio civil, que está tudo contaminado e defende a escolha de um general para comandar a nação.
“O regime militar pode até ser duro, mas é honesto. Não admite baderna e mantém a ordem. De uma coisa tenho certeza: se os militares assumirem o poder, esses baderneiros que vivem provocando depredações e vandalismo vão se dar mal”, comentou o amigo que parece desiludido com a democracia brasileira.
PENSAMENTO DA SEMANA:
“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade”.
Confúcio
COISAS & CASOS
Honório Magro no Pavilhão da Padroeira
Paulo da Farmácia foi morar no sertão da eternidade. Em sua homenagem, lembramos que todos os anos a comunidade católica de Monteiro reverencia a sua padroeira, Nossa Senhora das Dores. No período de 8 a 15 de setembro a cidade vive alegremente o evento e, antigamente, o ponto forte era o tradicional pavilhão, armado ao lado da igreja matriz. No pavilhão as famílias se reuniam e degustavam os saborosos quitutes, curtindo música e realizando uma verdadeira confraternização.
Nos anos 90, quando o vigário era o padre Damião Ferreira dos Santos, o momento mais animado do pavilhão era a arrematação de prendas doadas pelo povo e cuja arrecadação era revertida em favor das obras de recuperação da igreja.
O presidente da festa era Paulo da Farmácia, apoiado por uma comissão composta por César Júnior, Arnaldo Targino, Heráclito Mendes, Dr. Nilo Feitosa e este escrevinhador.
Pavilhão lotado, o padre Damião recebendo e cumprimentando a todos. Numa mesa grandiosa, duas dúzias de galinhas assadas devidamente embaladas para serem entregues a quem melhor preço oferecesse, na arrematação.
O padre e os organizadores da festa já conheciam os fiéis que mais participavam do leilão e por isto mesmo essas pessoas eram recebidas com muita alegria. Um dos que, anualmente, mais arrematavam no leilão era Honório Lopes, o Honório Magro, figura altamente popular na cidade, dono de bom patrimônio e conhecido por sua palestra animada e pelas respostas muitas vezes jocosas.
Para alegria de todos, exatamente no momento em que começava a arrematação, chega ao pavilhão a figura descontraída de Honório, acompanhado da sua esposa Terezinha.
Tão logo percebeu a chegada de Honório, o presidente Paulo da Farmácia chamou a comissão e o padre para receberem o bem-vindo e o conduzirem a uma mesa providencialmente reservada.
Sabendo que quanto mais animado estivesse, mais preço Honório colocaria em cada galinha assada, Paulo da Farmácia ao lado do padre e dos membros da comissão, colocou o braço no ombro de Honório e gritou para Arnaldo Targino, organizador do bar:
– Arnaldo, traz aí duas cervejas pra gente tomar com Honório, enquanto começa o leilão…
A roda animada, os copos sendo servidos. Quando pega no copo para tomar a cerveja, Honório é advertido pela esposa, que estava ao lado do reverendo:
– Honório, tu te lembra que Doutor Chico falou que tu não pode beber, pra não subir a pressão. Cerveja pra tu é mesmo que veneno…
A resposta de Honório veio rápida e, por sua espontaneidade, provocou uma sonora gargalhada do Padre Damião e de todos que estavam ao redor:
– Táis conversando besteira, Terezinha. A pessoa vim para o pavilhão de Nossa Senhora e não tomar uma cerveja, é mesmo que ir pra Maria Fiapo e deixar a “rôla” em casa…
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A Transposição do Rio São Francisco, nós moradores do cariri estamos na esperança dessa água, chegar na Cidade Coxixola já faz 10 dias sem água