O primeiro vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB), não parece mais acreditar na sustentabilidade do governo Temer já que os índices apontam para uma popularidade cada vez mais em queda do peemedebista. O paraibano teria dito a investidores nesta quinta-feira (6) que o Brasil ganhará um novo presidente em um prazo de 15 dias. A informação da Coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, aponta para um rompimento definitivo entre o PSDB e o governo de Michel Temer.
Para o tucano, a “instabilidade aumentou” com a prisão de Geddel Vieira Lima (ex-ministro da Secretaria de Governo), com o avanço da delação de Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara) e com a escolha de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) como relator da denúncia na CCJ. Zveiter é uma família tradicional de advogados e de uma ala do PMDB distante do grupo do presidente. “Temer já não conta nem com o apoio integral do seu partido. Sua situação vai ficando insustentável”, avaliou o senador em outra entrevista.
Evidenciando que uma ala do tucanato rifou Michel Temer, Cássio afirmou que “o governo caiu” e destacou que se Temer continuar no Planalto, as propostas de reformas que tramitam no Congresso Nacional não passarão. O senador ainda enfatizou que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, já teria dado sinais de que não mexerá na equipe econômica se assumir o governo. “Maia deverá apresentar mais estabilidade”, garantiu.
O senador tucano também deu outras declarações de apoio a Maia. “O principal capital político de Temer é a capacidade de cultivar um bom relacionamento com o Congresso. Mas o deputado Rodrigo Maia, que pode vir a ser o seu substituto, também desfruta de excelentes relações na Câmara. Na prática, instalou-se no Brasil uma espécie de parlamentarismo informal. E Temer está sob o risco de receber um voto de desconfiança do Parlamento”, destacou ao Blog do Josias.
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