Imagine a seguinte situação: alguns meses se passaram desde que o concurso foi anunciado, a partir de então você passa a estudar bastante. Aliás, em toda a sua vida jamais você estudou tanto assim. Afinal, aquele será o emprego que lhe garantirá um futuro promissor e realizará seus projetos pessoais e profissionais.
Todavia, chega o grande dia da aplicação das provas. Lá está aquele monte de questões e você no verdadeiro princípio da “tábula rasa!” Em fração de segundos você se esquece de tudo, a caneta não fica parada em sua mão, que a esta altura já está bastante suada e trêmula. Suas pernas incontroláveis, seu coração a mil, adrenalina lhe vencendo e o famoso nervosismo supera tudo mais uma vez!
Ao sair da sala em que estava prestando o concurso você volta à tranquilidade, mas é aí que retorna à consciência e percebe quantos erros cometeu na prova, pois não conseguiu parar para pensar nas questões.
Diante disso tudo você até se pergunta: “E agora? O que fazer para vencer esse nervosismo todo?” Bem, talvez não tenhamos a solução exata (alguém tem?), mas podemos lhe dar algumas dicas importantíssimas, capazes de ajudar você a manter o equilíbrio necessário para prestar o exame tão aguardado.
1º Passo: Vença o nervosismo com o treino
Existe um famoso adágio que diz: “O melhor cirurgião é o que já foi operado!” Alguns podem discordar, mas acredito que um dos fatores primordiais do nervosismo naquelas horas é a falta de prática de alguns candidatos. A primeira vez, em qualquer área de nossas vidas, causa essa sensação de expectativa muito concentrada e automaticamente cria um sentimento de insegurança.
Então, quanto mais concursos você prestar, menor será seu nervosismo, pois aquilo que se transforma em rotina acaba não causando mais tantas expectativas assim. Lembre-se também da frase já lembrada por todos, inspirada na filosofia do BOPE: “treinamento duro, combate fácil”. Para quem já prestou alguns concursos e mesmo assim continua nervoso, não haverá salvação enquanto não se lutar para perder essa insegurança, porque essa precisa ser a lógica dos experientes.
2º Passo: Uma certeza é preciso ter: “eu estou preparado!”
O segundo grande passo para se livrar do nervosismo é a consciência de que você está preparado. Algumas pessoas são excelentes em provocar nelas a tortura do nervosismo. Isso porque elas não se preparam e na maioria dos casos deixam para estudar quando aparece o concurso que as interessa. Se lhe interessava, por que não projetou um cronograma de estudos para pelo menos os seis meses que antecederam a publicação do edital?
Não adianta querer aprender em um final de semana ou quem sabe em um mês. Não precisamos ser psicopedagogos para entender que o processo de ensino-aprendizagem exige tempo para ser sedimentado. O processo preparatório deve ser constante e o aprendizado a cada dia reciclado. Tendo convicção de que está reformulando e ampliando seus conhecimentos você terá maiores chances de manter a calma.
A este respeito, uma dica importante é você começar pelas questões que já sabe responder, pois segundo especialistas, esse hábito faz com que sua autoconfiança seja restaurada aos poucos, no momento de tensão provocado pela circunstância do exame.
3º Passo: Na preparação, até os momentos de ócio são fundamentais
Busque relaxar bastante nas horas que antecedem o momento de fazer as provas. Quanto mais o seu corpo e mente entrarem em descanso, maior será a possibilidade de controlar a ansiedade. Busque não estudar coisa alguma um certo período de horas ou até o dia anterior inteiro, por mais que se sinta tentado a isso. Lembre-se de que você já está em um processo de estudos há bastante tempo (pelo menos, isso é o esperado).
Alimente sua autoconfiança que ela preencherá o espaço do nervosismo. Cultive o ócio, que também é criativo. Contudo alimente também o seu corpo, tome bastante água e descanse a mente, ações fundamentais para a concentração. O nervosismo bloqueia parte de nossas ações cerebrais, impedindo com que determinadas células nervosas (neurônios) desempenhem o seu papel normal nos momentos em que necessitamos raciocinar logicamente. Talvez nenhum outro fator tenha a mesma importância que a concentração e nenhum outro problema é mais inimigo desta que o nervosismo.
Conclusão
Como se vê, não existem grandes segredos para a manutenção da serenidade enquanto se trabalha nas respostas de uma prova de concurso. Muitas vezes o que existe é a necessidade de se por em prática aquilo que teoricamente sabemos que é o ideal. Algo parecido acontece, por exemplo, com a atividade física: sabemos que movimentar o corpo é, essencialmente, uma tarefa obrigatória para a preservação da nossa saúde (e é até matéria prática de concursos!), no entanto e em geral, somos relapsos nesse quesito. Na hora daquela prova, portanto, que permaneçamos atentos, concentrados e tendo a consciência de que houve todo um preparo precedente.
Talvez o medo dos concorrentes lhe cause pavor e até leve a imaginar o fracasso. Mas não se esqueça de que você também se preparou e que é capaz de causar neles o mesmo pavor que eles lhe causam.
No mais, feliz concurso novo e sucesso sempre!
Por Sérgio Silva e Alberto Vicente