FPF se prepara para votar de novo reforma no estatuto
Dois anos depois da tentativa frustrada da Federação Paraibana de Futebol de mudar o estatuto da entidade, o presidente Amadeu Rodrigues se prepara agora para mais uma vez colocar a proposta em pauta. Uma ação que deve mais uma vez esquentar o ambiente na entidade, já que o projeto está longe de ser unanimidade. A FPF propõe, entre outros pontos, limitar o número de reeleições de um presidente da federação.
A mudança estatutária foi uma das promessas de campanha de Amadeu Rodrigues, eleito no fim de 2014 após 25 anos da gestão Rosilene Gomes. Em 2015, em seu primeiro ano de mandato, a proposta foi posta em votação em assembleia geral. Mas, à época, o vice-presidente Norman Barreiro articulou nos bastidores contra o projeto. E, sem o voto de muitos dos clubes e ligas amadores, acabou arquivado.
Era o início da crise política entre os dois dirigentes, que chegaria ao seu ápice justo agora em 2017, e o início da ideia de Amadeu de apresentar um projeto melhor amarrado para colocá-lo novamente em votação.
De acordo com o diretor jurídico da FPF, Marcos Souto Maior Filho, a entidade convocou os clubes para participarem ativamente da construção do projeto, analisando o documento e com a possibilidade de propor eventuais mudanças, para que assim aquilo que seja votado seja uma construção coletiva.
Além disso, a FPF montou uma comissão com dois clubes da primeira divisão estadual, três da divisão de acesso, além de representantes da arbitragem estadual e membros do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba. A votação da proposta de mudanças ainda não tem data definida, embora o projeto já esteja pronto.
Ainda de acordo com o advogado da entidade, a proposta de mudanças só não foi aprovada há dois anos porque não houve um trabalho de conscientização dos benefícios que a modernização traria.
– Temos hoje uma comissão mais técnica, que contempla todas as partes do futebol paraibano. Todos com direito a dar opniões. No Brasil, não tem nenhuma outra federação que tenha uma comissão transparente. A proposta é democrática – finalizou.
JORNAL DA PARAIBA