Europa aprova uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer para adolescentes a partir de 12 anos
A Agência Europeia de Medicamentos aprovou, nesta sexta-feira, o uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech para jovens a partir de 12 anos, a primeira autorização para imunização desta faixa etária contra a doença nos 27 países da União Europeia.
A decisão abre caminho para uma vacinação mais ampla na região, após autorizações semelhantes nos Estados Unidos e Canadá.
O endosso ocorre semanas após o regulador iniciar a avaliação da extensão do uso do imunizante para essa idade. A vacina da Pfizer já é utilizada na UE por pessoas com 16 anos ou mais.
Antes da decisão, a Alemanha anunciou que planeja expandir a vacinação contra a Covid-19 para adolescentes com 12 anos ou mais a partir de 7 de junho.
A chanceler Angela Merkel enfatizou que a imunização para esses jovens será voluntária e não afetará a presença dos estudantes nas aulas.
— Assim, seremos capazes de fazer a todos os cidadãos, incluindo os adolescentes uma oferta de vacinação até o final do verão (no hemisfério norte) — disse Merkel na quinta-feira, após uma reunião com líderes de 16 estados da Alemanha.
O imunizante da Pfizer é um dos utilizados na vacinação contra a Covid-19 no Brasil. A vacina tem registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo o qual pode ser aplicada em pessoas acima de 16 anos. Mas os menores de idade ainda não foram incluídos nos grupos prioritários que podem se vacinar no país.
No Brasil, uma eventual expansão da vacinação de jovens a partir dos 12 anos teria potencial efeito tranquilizador para os pais que avaliam que os filhos só devem retornar às aulas presenciais após serem imunizados.
A vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19, no entanto, não é unanimidade. Este mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que países ricos reconsiderem os planos de vacinar pessoas nessa faixa etária e, em vez disso, doem imunizantes contra a doença para o consórcio Covax, destinado a fornecer imunizantes a nações pobres e em desenvolvimento.
O Globo