A variante Delta já está presente em pelo menos 25 municípios paraibanos, conforme nota técnica da Secretaria de Saúde nesta quinta-feira (09). Os últimos casos foram registrados em mais 13 cidades, são elas: Brejo do Cruz, Cajazeiras, Caturité, Conde, Guarabira, Itabaina, Juazeirinho, Junco do Seridó, Patos, Pedra Lavrada, Pombal, Santa Rita e Santo André).
Conforme o relatório, a cidade de Campina Grande lidera o número de casos com mais que o dobro dos casos identificados em João Pessoa. Enquanto a Rainha da Borborema contabiliza 53, em João Pessoa foram registrados 20 até agora.
Ainda conforme a nota, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN/PB, da Gerência Executiva Vigilância em Saúde, do Laboratório de Vigilância Molecular Aplicada – LAVIMAP da Escola Técnica de Saúde da UFPB, vem desde então executando o monitoramento de amostras que fazem parte hoje da Rede Nacional de Sequenciamento Genético para Vigilância em Saúde.
Os últimos dados
No dia 31 de agosto do corrente ano confirmamos a circulação comunitária da variante Delta (B.1.617.2) no estado, com o sequencimaneto de 25 amostras de usuários residentes em 12 municípios.
Até o dia 08 de setembro mais 202 amostras foram sugestivas para a variante Delta, após o uso do Kit RtqPCR in House pelo LACEN/PB e seguiram para sequenciamento e confirmação na Fiocruz/Rio de Janeiro.
“No total de sequenciamentos recebidos no dia de ontem, obtivemos 131 amostras sequenciadas, destas 100 para variante Delta (B.1.617.2) e 31 para variante Gamma (P.1)”, diz trecho da nota.
Das 131 amostras recebidas, vinte e duas (22) foram identificadas para a VOC Gamma (P.1), duas (02) P.1.8., sete (07) P.1.7., noventa e sete (97) para a VOC Delta (B.1.617.2) e mais três (03), sendo elas: (01) AY.22 (B.1.617.2- like), (01) AY.25 (B.1.617.2-like) e (01) AY.4 (B.1.617.2-like) que são sublinhagens da variante Delta. O que totalizam cem (100) amostras para a VOC Delta e 31 para variante Gamma (P.1).
CONFIRA A TABELA
De acordo com a nota, a data de sintomas do primeiro caso Delta confirmado é do dia 17 de julho, sexo masculino, 23 anos, residente no município de Campina Grande, sem histórico de viagem ou contato de caso confirmado para a Delta.
A faixa etária de 20 a 29 anos representam 30,4% (38 casos) das cento e vinte e cinco (125) amostras sequenciadas, além disso destaca-se a identificação de casos positivos da variante em menores 15 anos, com três (03) casos confirmados. Em relação ao sexo, a predominância é do sexo feminino com setenta e dois (72) casos para cinquenta e três (53) do sexo masculino.
Há também, entre os casos Delta, dezesseis (16) casos com esquema vacinal completo, sendo nove (09) deles em idosos, dois (02) com o imunizante Astrazeneca e sete (07) coronavac.Foram identificados com esquema incompleto, quarenta (40) casos.
Em investigação identificou-se que das amostras sequenciadas cento e quatorze (114) apresentaram um quadro leve de síndrome gripal (SG) e onze (11) de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com história de internação, onde sete (07) caso evoluiram para óbito e os demais com evolução para cura.
Quanto aos óbitos temos um total de 07 casos, sendo quatro (04) do sexo masculino, sendo um (01) na faixa etária de 30 a 39 anos, dois (02) de 40 a 49 anos e um (01) de 80 e+; e três ( 03) do sexo feminino, sendo um de 30 a 39 anos e dois (02) de 80e+ anos. Quanto aos município de residencia, três (03) óbitos eram residentes de Campina Grande, um (01) de João Pessoa, dois (02) de Alagoa Nova e um (01) de Lagoa Seca. Apenas 03 casos com histórico vacinal, dos quais dois (02) com esquema incompleto.
De acordo com o município de residência, foi possível identificar a distribuição da variante Delta nas três macrorregiões de saúde do Estado, conforme mapa abaixo.
A Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio da Gerencia Executiva de Vigilância em Saúde, acompanhará as investigações dos casos junto aos municípios, qualificando essas informações e emitindo novas notas. Bem como, atualizando os dados a partir de novos resultados de sequenciamentos recebidos.
Mais do que nunca é importante evitar aglomerações, o uso da máscara, lavagem das mãos e monitoramento dos casos. Reforçando junto aos gestores municipais, que também é necessário a busca ativa daqueles que não tomaram a segunda dose, não concluindo o esquema vacinal.
Redação com Secom/PB