Em 11 meses, número de pequenos negócios cresce 18% na Paraíba
Marcado por diversas dificuldades sociais e econômicas, o ano de 2021 se aproxima do término reafirmando a importância do empreendedorismo e dos pequenos negócios para a geração de renda e de novas oportunidades na Paraíba. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados disponibilizados pela Receita Federal, o número de pequenos negócios abertos no estado aumentou 18% entre os meses de janeiro e novembro deste ano, incluindo os microempreendedores individuais (MEI), as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).
De acordo com os dados apurados, em janeiro deste ano o estado contava com 201.308 pequenos negócios optantes do Simples Nacional, número que passou a ser de 237.650 no fim do mês de novembro. Já entre os microempreendedores individuais, o aumento também foi de 18%, considerando que em janeiro o estado contava com 153.125 MEIs, número que cresceu para 180.696 em novembro.
Por sua vez, as microempresas e empresas de pequeno porte optantes do Simples Nacional registraram crescimento de 18,2% no mesmo período. Em janeiro de 2021, elas somavam 48.183 negócios no estado, número que passou a ser de 56.954 no fim de novembro, conforme o levantamento realizado pelo Sebrae Paraíba.
Na avaliação da gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, o número de novos negócios abertos em 2021 possui relação direta com as mudanças que a pandemia do coronavírus vem provocando na sociedade desde o ano passado.
“Temos acompanhado os diversos movimentos por trás desse volume de formalizações e boa parte dele recebe impacto direto do fechamento de grandes e médias empresas. Houve, também, uma forte migração para o modelo de terceirização, que se tornou viável por conta da chegada do home office”, explicou.
Ainda de acordo com a gerente, os novos comportamentos do consumidor também possuem influência nesse cenário. “Outro ponto que estamos observando é o fato de que o consumidor, durante a pandemia, mudou seus hábitos e ainda criou novas formas de consumir, o que certamente influenciou na criação de novas empresas. Nesse cenário, os serviços de cuidados pessoais, de manutenção e a cadeia de logística para alimentação e e-commerce foram os segmentos que mais produziram novos registros de negócios”, acrescentou Ivani Costa.