Holanda decreta lockdown a partir de domingo para conter ômicron
A Holanda anunciou neste sábado que entrará em lockdown a partir de domingo (19) para conter a disseminação da variante ômicron do coronavírus. Segundo o primeiro-ministro, Mark Rutte, a medida restritiva deve durar até 14 de janeiro.
O governo determinou que todo comércio não essencial, além de bares e restaurantes, devem ser fechados. As aulas presenciais também serão suspensas a partir de segunda-feira — essa decisão já havia sido tomada pelo país.
Na sexta-feira (17), o RIVM (Instituto Nacional de Saúde Pública) informou 15.433 novos casos de covid-19, uma queda de 25% em relação a semana passada, mas ainda assim acima do pico de qualquer outra onda no país.
O anúncio foi feito após o governo se reunir com especialistas de saúde, que defendiam o fechamento dos serviços não essenciais. Por isso, hoje mais cedo, moradores de diferentes cidades foram às ruas para fazer suas últimas compras.
No centro da cidade de Leiden, cerca de 20 quilômetros nos arredores de Haia, havia filas no lado de fora de algumas lojas, como de brinquedos, tratamento de pele de luxo ou cosméticos.
Rutte disse no início dessa semana, que a ômicron pode ser a variante dominante do coronavírus na Holanda até janeiro.
A nova variante já foi identificada em mais de 70 países pelo mundo. Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, apesar da ômicron estar na origem de doenças menos graves, “o número de casos pode sobrecarregar novamente os sistemas de saúde despreparados”.
SP CONFIRMA TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA DA ÔMICRON
A secretaria municipal de Saúde de São Paulo afirmou que a cidade já teve transmissão comunitária da variante ômicron. A transmissão comunitária acontece quando tanto a pessoa que transmite quanto a que fica doente não saíram do país.
No total, a cidade de São Paulo soma 13 casos confirmados da ômicron. Estudos apontam que a nova cepa pode ser mais transmissível, mas causa quadros mais leves da doença — principalmente em pessoas vacinadas.
A Secretaria pediu que os paulistanos continuem com as medidas de proteção contra o coronavírus, como o uso de máscaras e álcool em gel, cobrir a boca e nariz quando tossir ou espirrar e lavar as mãos frequentemente.
FOLHAPRESS