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Malhadinho mira próximos adversários no UFC e avisa: “Onde pintar luta a gente dança”

jailton2-554x400 Malhadinho mira próximos adversários no UFC e avisa: "Onde pintar luta a gente dança"

Depois de uma ótima passagem pelo Contender Series, Jailton Malhadinho correspondeu às expectativas ao estrear muito bem no UFC, no último dia 5, quando derrotou Danilo Marques por nocaute técnico no primeiro round. O peso-meio-pesado do Ultimate foi um dos convidados do podcast Mundo da Luta desta semana (ouça a entrevista completa no player acima), e revelou que viu semelhanças em sua história de vida e a de José Aldo antes de chegar ao UFC.

– José Aldo era um cara, pelo que vi do filme dele, um cara que sofreu muito na vida e que teve que abrir mão de muitas coisas para ir atrás do sonho dele, e acabou sendo campeão mundial. Mas o passado dele foi muito difícil, ele sofreu, passou fome, essas coisas. Eu já passei por isso também. Ele perdeu o pai perto de uma luta dele, eu perdi meu irmão quando tinha umas quatro lutas. Eu tive isso como um espelho. A gente já passou por poucas e boas, ele é um cara que sofreu muito. Eu não cheguei a morar na academia, mas desde quando eu comecei a treinar, por volta dos 11 anos, eu sempre trabalhei, sempre lavei carro, já fui entregador de almoço, já trabalhei como vigilante, como manobrista, já passei muito perrengue.

Malhadinho contou que, antes de enfrentar Danilo Marques, estudou bastante o jogo do seu adversário e, por conta disso, chegou bem tranquilo para enfrentá-lo.

– O Danilo Marques é um cara muito perigoso, assim que fechou a luta, eu fui logo assistir às lutas dele. Eu vi que ele era um cara perigoso e até comentei com meu empresário que ele tinha um jogo parecido com o meu. Eu vi que ele chegava bem nas costas, e ali o cara fica vulnerável, sem saber o que esperar. Então fui treinar, pra ver se essas costas ele não pegava. Comecei a fazer com meu treinador da mesma forma que ele fazia na luta e meu treinador falou que eu estava bem. A luta seria em novembro, mas ele se machucou, e então foi transferida para fevereiro. Eu fiquei bem tranquilo pra essa luta. Treinei desde que a luta foi fechada pela primeira vez até fevereiro, treinando duríssimo. Não tive nenhum tipo de ansiedade e nem de pressão. Eu até comentei na entrevista depois da luta, que quem passa pela pressão do Contender Series luta em qualquer lugar, pois o Contender é como se fosse a sua última ficha pra jogar, e se você errar, você perde tudo. No Contender eu estava pressionado pelo fato de pegar um russo, e a cabeça fica meio que “E agora, o que eu vou fazer?”, mas graças a Deus deu tudo certo e consegui dar aquele show lá.

Já de olho em futuros adversários na categoria, Malhadinho apontou dois nomes que gostaria de enfrentar na próxima vez que estiver em ação.

– Eu vi sábado a luta de um russo da minha categoria (Maxim Grishin) que é muito bom. É um cara que aceita trocação, aceita grappling… Eu vi algumas falhas nele e até comentei com meu empresário, se for pra pedir uma luta é pra pedir ele, ou então pedir um top 15, mas nem sei se tenho moral pra isso. Tem um nigeriano (Kennedy Nzechukwu) também que ganhou do Danilo Marques e está sem luta marcada, ou até um top 15, quem sabe não arrumam um pra mim, pra eu entrar e fazer uma forcinha.

Disposto a voltar logo ao octógono, Malhadinho garantiu que está disponível até para subir de categoria e lutar entre os pesos-pesados caso apareça uma oportunidade.

– Foi como eu falei com meu empresário, que se aparecer uma luta de peso-pesado, pode me colocar. Se cair alguma luta, pode mandar um e-mail pra lá. Eu lutaria tranquilo. Sou um cara que baixa de peso rápido e tenho um peso que dá pra lutar de peso-pesado também. Falei pro meu empresário que onde pintar luta a gente dança, pode ser no meio-pesado ou no peso-pesado também.

Globo Esporte

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