Twitter tem nova leva de demissões e chefe de políticas públicas deixa a empresa
A diretora de políticas públicas do Twitter, Sinead McSweeney, deixou a empresa em meio a uma nova onda de demissões na empresa, disseram nesta quinta-feira (22) à Reuters duas fontes familiarizadas com o assunto.
Nick Pickles, diretor sênior de estratégia global de políticas públicas, assumiu o cargo de McSweeney, disseram as duas fontes. Uma das pessoas ouvidas pela agência disse ainda que 15 dos 30 membros da equipe de políticas públicas do Twitter foi cortada na quarta-feira (21).
McSweeney, Pickles, Musk e o Twitter não comentaram o assunto.
As demissões e a saída de McSweeney da companhia ocorreram enquanto reguladores de todo o mundo questionam o trabalho de moderação de conteúdo do Twitter e a proteção dos dados dos usuários.
Os questionamentos aconteceram depois que o bilionário Elon Musk cortou a equipe da rede social de mais de 7 mil funcionários para menos de 2 mil após comprar a empresa por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 227 bilhões, na cotação desta quinta).
A equipe de políticas públicas é responsável por interagir com os legisladores e a sociedade civil em questões como liberdade de expressão, privacidade e segurança online.
O grupo lida com pedidos de governos e grupos de direitos civis para remoção de conteúdo tido como problemático e define regras para proteger usuários vulneráveis.
Com menos funcionários, pode haver atrasos nas respostas às solicitações e algumas políticas em desenvolvimento podem ser ignoradas, disse uma das fontes.
No mês passado, o comissário da União Europeia, Thierry Breton, disse a Musk que o Twitter enfrenta um “enorme trabalho pela frente” para cumprir regulamentos europeus sobre moderação de conteúdo, remoção de desinformação e limitação de publicidade direcionada.
Reportagens da mídia esta semana disseram que McSweeney fez um acordo com o Twitter depois de ganhar uma liminar da Justiça para impedir a empresa de demiti-la depois que ela não respondeu a um e-mail de Musk para toda a companhia exigindo que os funcionários concordassem com uma “cultura hardcore” ou deixassem a empresa.
Reuters