‘Coisa tão minha que não quero repartir’, diz Lula sobre escolha para STF; Zanin é favorito
Cristiano Zanin foi quem defendeu Lula nos processos relacionados à operação Lava Jato (Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO)
O presidente Lula evitou nesta segunda-feira (29) dar declarações sobre quando indicará o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), para a vaga que ficou aberta com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski em abril.
Questionado se faria a indicação nesta semana, o petista afirmou: “Isso é uma coisa tão minha que eu não quero repartir com ninguém”.
Questionado se faria a indicação nesta semana, o petista afirmou: “Isso é uma coisa tão minha que eu não quero repartir com ninguém”.
Lula deu a declaração no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde recebeu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
A colunista do g1 Ana Flor informou que o advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula nos processos relacionados à operação Lava Jato, é o nome favorito a ser indicado.
Zanin é advogado há mais de duas décadas, e se notabilizou por defender Lula nos processos penais da operação Lava Jato desde 2013. O presidente chegou a ser condenado e preso, mas teve as condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal após recursos assinados pelo advogado.
‘Compromisso oficial com ninguém’
Em março deste ano, Lula afirmou que o indicado deverá ser uma pessoa “competente do ponto de vista jurídico” e que respeite a Constituição.
Na ocasião, o presidente afirmou também não ter “compromisso oficial com ninguém”.
“Eu não vou indicar um ministro por ser meu amigo. Eu não quero indicar um ministro para fazer coisa para mim. Eu quero indicar um ministro da Suprema Corte que seja uma figura competente do ponto de vista jurídico e que esse cidadão exista lá para que a Constituição da República seja respeitada. É isso”, disse o presidente na ocasião.
Senado terá de dar aval
O nome a ser escolhido por Lula será enviado ao Senado e deverá passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
O indicado precisa ser aprovado pelo colegiado e pelo plenário do Senado para, só então, o STF definir a data da posse do novo ministro.
G1