Mundo

Como gato com um cérebro e dois rostos conseguiu viver por mais de 15 anos

gato-gness_jpg-599x400 Como gato com um cérebro e dois rostos conseguiu viver por mais de 15 anos

‘Ele parecia mais um cachorro do que um gato, gostava de andar na coleira e passear de carro’, lembra a tutora (Foto: Reprodução/Guinness World Records)

Frank e Louie, apesar de ter dois nomes, era apenas um gato. Com dois rostos quase separados, cada um com seu próprio nariz e boca, ele tinha um único cérebro que comandava todo seu corpo. Animais com essa mutação raramente sobrevivem mais de um dia, no entanto, o “Gato Janus” — como ficou conhecido — viveu uma vida notavelmente longa. Nascido em 8 de setembro de 1999, ele morreu em 4 de dezembro de 2014, aos 15 anos e 87 dias.

O feito fez com que ele recebesse o título de “Gato Janus a sobreviver por mais tempo” do Guinness World Records. A nomenclatura “Gato Janus”, inclusive, foi originalmente cunhada por um colaborador da instituição, o zoólogo britânico Karl Shuker.

Ao Guinness, ele conta que o termo técnico para a condição do gato é “diprosopus”. Mas, por não ser facilmente pronunciável, optou pelo substituto há mais de uma década, quando escreveu pela primeira vez sobre Frank e Louie. “O nome era uma homenagem ao deus romano das portas, Janus, que tinha um corpo e uma cabeça, mas duas faces”.

A anomalia que acometia o animal foi desenvolvida durante a gestação. Os estudos apontam que, no processo de embriogênese, a produção excessiva da proteína SHH pode causar a diprosopia, na qual a face se alarga e se duplica parcialmente.

Apesar das duas bocas estarem conectadas a um único esôfago, apenas uma delas era funcional, já que a outra não tinha maxilar inferior. Da mesma forma, um dos três olhos de Frank e Louie, o central, “compartilhado” pelos dois rostos, era cego e não piscava.

Revista Galileu

Etiquetas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar