Lula visita fábrica da Huawei e abre série de encontros com empresas chinesas
Em sua passagem pela China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou, nesta quinta-feira (13), a fábrica da gigante de tecnologia chinesa Huawei, em Xangai. A visita incluiu um encontro com executivos da companhia.
Lula esteve no centro tecnológico durante a madrugada desta quinta, no horário de Brasília — o que equivale ao período da tarde em Xangai. A expectativa era de um acordo para uma parceria no desenvolvimento de tecnologia de monitoramento.
O presidente não falou com a imprensa. No Twitter, ele disse que a empresa fez uma apresentação sobre o 5G e soluções em telemedicina, educação e conectividade.
A agenda do petista no país comunista tem gerado incômodo junto a diplomatas americanos, segundo relatos feitos à CNN. Os Estados Unidos e a China têm protagonizado troca de acusações sobre espionagem.
Esse foi o segundo compromisso oficial do mandatário em sua passagem pela China. Antes, esteve com a nova presidente do Banco dos Brics, a ex-presidente da República Dilma Rousseff.
Ainda nesta quinta-feira, o presidente se reúne com os CEOs da empreiteira CCCC e da fabricante de carros BYD. Na sequência, está prevista uma audiência com o secretário-geral do Partido Comunista.
Segundo a agência oficial, Lula então embarca para Pequim, onde terá compromissos na sexta-feira (14). Pela manhã, encontra líder do Parlamento da China; à tarde, o presidente Xi Jinping.
Huawei enfrenta desafios após embargo dos EUA
A Huawei Technologies, fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações, registrou uma queda de 69% no seu lucro líquido em 2022, após sanções aplicadas pelos Estado Unidos.
A empresa registrou lucro líquido de 35,6 bilhões de yuans (US$ 5,18 bilhões) no ano passado, queda de cerca de dois terços em relação a 2021.
O conglomerado de tecnologia disse que está avançando na substituição de componentes afetados pelas sanções americanas e investindo em pesquisa.
Os principais executivos do grupo disseram como foram levados a “um impasse fatal” depois que Washington restringiu o fornecimento de chips e ferramentas de design de chips de empresas americanas.
*Com informações de Reuters