RC critica greve de professores e diz que Cagepa precisa passar por ‘ajustes’
O governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou que a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) precisa passar por um redimensionamento para que continue sendo pública e afirmou que a companhia precisa passar por ajustes. O gestor também fez críticas à greve dos professores da rede estadual.
Na entrevista, concedida ao Diário do Sertão, o governador contou que vem estudando o momento atual da Cagepa e afirmou que a empresa possui funcionários que ganham mais do que ele.
“Acho que a Cagepa tem que passar por ajustes caso ela queira continuar estatal. Não é possível que quase todo mundo ganhe mais do que o governador. Estou estudando isso [privatização] para ver o que é melhor para a Paraíba. Ou a gente redimensiona para tornar a empresa realmente pública ou então ela não pode ser simplesmente estatal”, disse o governador.
Ainda segundo Ricardo Coutinho, o governo vai convocar representantes de sindicatos da Cagepa para uma conversa sobre o futuro da empresa.
A possibilidade de uma privatização da Cagepa tem sido levantada na Paraíba, até mesmo por políticos. Mesmo sem nenhuma confirmação do que pode estar em andamento, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB), por exemplo, admitiu que o Executivo envolver a Cagepa em negociações para conseguir ajuda do governo federal.
Na mesma entrevista, o governador criticou a greve dos professores da rede estadual e afirmou que concedeu reajuste maior do que o piso nacional estabelecido.
“É preciso considerar o seguinte: o piso nacional do magistério foi de 7%, eu dei 10%. Efetivamente não há razão para qualquer paralisação. Eu sei que eu elevo o salário mais do que o piso”, falou Ricardo Coutinho.
Os profissionais da rede estadual de ensino entraram em greve no dia 15 de março. Entre os principais pontos reivindicados estão piso salarial nacional, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério e a Reforma da Previdência. Em todo o estado, 735 escolas com 350 mil alunos e 16 mil professores são afetados com a medida.