Sem receber a contrapartida do Governo do Estado há três meses, os motoristas dos transportes escolares dos alunos do município de Monteiro paralisaram as atividades na última segunda-feira, 29 e só voltam às atividades quando receberem o que lhe é devido.
Para tentar justificar a falta de pagamento o secretário de Educação do Estado, Aléssio Trindade, participou nesta terça-feira (30) de um programa de rádio e quis jogar a culpa no governo municipal, afirmando que é o município que não tem feito os repasses.
Após querer culpar a Prefeitura de Monteiro o secretário se contradisse e admitiu que o Estado ainda não teria repassado a sua parte e não havia tomado conhecimento do problema.
No mesmo programa o Gerente Regional de Educação, Ary Prata, também saiu em defesa do Governo do Estado e afirmou que estaria reunindo os motoristas para mostrar que a culpa do atraso no pagamento não é do Estado.
Após a participação dos dois representantes estaduais, a secretária de Educação do município, Ana Lima, participou por telefone e disse que as informações repassadas pelo secretário de Educação do Estado podem ser atribuídas ao fato de ele ser um secretário novato e não ter conhecimento dos fatos, como o próprio admitiu.
“O município recebe uma contra partida do FNDE para utilizar na rede municipal de ensino, e em relação a este recurso todos os motoristas estão totalmente em dia. Os motoristas que paralisaram as atividades são aqueles licitados com o valor do repasse que é de responsabilidade do Governo do Estado, inclusive são contas separadas. Dos ônibus mantidos com recursos do município, todos estão com os pagamentos em dia com recursos próprios da Prefeitura.”, disse Ana Lima.
Ainda segundo a secretária de Educação de Monteiro, todas as 36 linhas (15 do programa “Caminhos da Escola” e 21 locados) mantidas com recursos do município estão rigorosamente em dia. E todas as que dependem do Estado, estão atrasadas há meses.
Ana Lima lamentou a postura do secretário de Estado em querer justificar o atraso jogando a culpa para o município, o que ela classificou como “faltar com a verdade”.
O PIPOCO
CL