Bruno critica possibilidade de atraso salarial e diz que governador faliu cofres
Membro da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba, o deputado estadual Bruno Cunha Lima (PSDB) criticou a possibilidade de atraso no pagamento dos salários dos servidores públicos pelo Governo do Estado, mas disse não estar surpreso. “O Governo está colhendo o que plantou. É a lei da ação e da reação. O Estado está falido”, disse Bruno.
O parlamentar tucano declarou ser ‘óbvio ululante’ a possibilidade de atraso no pagamento dos vencimentos. “O atraso é uma das facetas do monstro que assusta a Paraíba”, disse ele. O Estado começou 2016 com uma queda de R$ 80 milhões nas receitas, em comparação a 2015.
Bruno Cunha Lima criticou os aumentos em diversos impostos, como IPVA e ICMS. O saldo negativo, conforme o deputado, está sendo pago pela população. “A tarifa de água aumentou mais que o dobro da inflação e olha que não faz muito tempo que a Cagepa recebeu R$ 100 milhões em empréstimo. Aliás, o Estado fez sucessivos empréstimos”.
O deputado do PSDB paraibano acredita que, mais uma vez, os servidores públicos não terão reajuste salarial. “Até porque 1% não é aumento salarial. Em 2014 houve um atentado contra os paraibanos! O próprio Tárcio Pessoa [secretário das Finanças] disse que o desarranjo do Estado vem desde setembro”.
Bruno Cunha Lima comentou que o Governo do Estado não tem cumprido a determinação de investimento mínimo em saúde “que é de 15% e foi de 12%”. Não há – ainda conforme Bruno – respeito à LRF [Lei da Responsabilidade Fiscal] “e a segurança pública vai de mal a pior”.
O secretário Tárcio Pessoa (Finanças) disse ao portal MaisPB que os salários do funcionalismo poderão deixar de ser pagos dentro do mês e lembrou que somente a implantação do novo salário mínimo implica em R$ 70 milhões a mais por ano.
Além disso, conforme ele, a primeira parcela do FPE de janeiro foi de R$ 93 milhões. Em 2015 foram R$ 139 milhões e R$ 170 milhões em 2014. “O nosso esforço é continuar pagar em dia, mas possibilidade é real de utilizarmos a última quota do mês do FPE para pagar o funcionalismo no mês subseqüente”, falou Tárcio.
Jãmarrí Nogueira-MaisPB