As eleições deste domingo na Itália deram ao Movimento Cinco Estrelas (M5S) a vitória que tanto esperava e que o tornam o partido mais votado do país, mas enchem de incerteza a terceira potência da União Europeia. A informação é da Agência EFE.
Com 50% dos votos apurados em ritmo muito lento, os dados oficiais confirmam, na madrugada italiana, a primeira posição para esse movimento político.
As pesquisas e projeções de resultados divulgados após a votação foram, durante as primeiras horas, os únicos elementos que apontavam a vitória do M5S, como partido sozinho, e a das formações de direita, coligados, à espera dos números oficiais.
Com cerca de 30% dos votos nas eleições legislativas para o Senado – a câmara com a apuração oficial mais avançada após o fechamento das urnas -, o movimento fundado por Beppe Grillo aparece com quase o dobro dos votos alcançados pelo Força Itália (FI), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que lidera a coalizão de direita, que reúne mais votos em conjunto.
Mas esses partidos, que ganham juntos o pleito com cerca de 37% dos votos para as candidaturas uninominais (um só nome) para o Senado, não foram revelados com os dados oficiais disponíveis.
Os resultados obtidos pelo M5S não demoraram a ser classificados como “apoteóticos” pelo deputado Alessandro di Battista, um dos poucos políticos que falaram com a imprensa durante a madrugada.
“Os dados demonstram que todos deverão vir para falar conosco. É a maior garantia para o povo italiano. Deverão utilizar nossos métodos de transparência, correção, credibilidade, baseado nas propostas”, afirmou à imprensa em Roma.
Di Battista pareceu indicar, com essas declarações, que a formação pode estar disposta a falar sobre coalizões para chegar ao governo, o que significaria uma mudança na sua política de rejeição categórica a colaborar com outros partidos.
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