PT: ônibus da caravana de Lula são alvos de tiros no Paraná
Ao menos dois ônibus que compõem a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Região Sul foram alvos de tiros no Paraná, disse o PT nesta terça-feira, em mais um episódio de violência envolvendo a passagem do petista pela Região Sul.
De acordo com o partido, um dos disparos deixou um buraco na lataria de um dos ônibus e um segundo pegou de raspão no vidro de um outro veículo. O ataque ocorreu entre as cidades de Quedas de Iguaçu e Laranjeiras do Sul. O partido disse ainda que pregos foram colocados na estrada de Laranjeiras do Sul furando pneus de um ônibus.
“Desde o Rio Grande do Sul temos alertado as autoridades, mandamos ofício ao ministro da Segurança Pública informando nosso roteiro e pedindo policiamento, mas ainda assim não temos segurança. Agora, aconteceu o cúmulo: nossa caravana foi vítima de emboscada, um atentado. Essas pessoas querem matar o presidente Lula”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do partido, de acordo com o site da legenda.
“Eu quero saber o que as autoridades paranaenses têm a falar, bem como o ministro da Justiça, o governo brasileiro. Vamos ter que ter alguém morto nessa caravana para provar o que estamos dizendo, que estamos sendo vítimas de milícia armada?”, acrescentou.
Durante a passagem da caravana de Lula pela Região Sul foram registrados episódios de violência envolvendo manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente. Lula e simpatizantes foram alvos de pedras, ovos e tomates lançados por manifestantes contrários a ele.
Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, mas deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ficar inelegível, após ter rejeitados na segunda-feira os embargos de declaração contra uma condenação a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso que trata do tríplex no Guarujá (SP).
O petista também poderá ser preso caso o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite o pedido de habeas corpus feito por sua defesa para que uma eventual prisão ocorra apenas quando estiverem esgotados todos os recursos cabíveis contra a condenação em todas as instâncias do Judiciário, o chamado trânsito em julgado.
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