Dunga e diretor da CBF acionam Romário por injúria e difamação
O técnico da seleção brasileira, Dunga, e o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, entraram no STF (Supremo Tribunal Federal) com queixas-crime contra o senador Romário (PSB).
A dupla alega que sofreu injúria e difamação do ex-jogador, que afirmou em entrevista que as convocações para a seleção serviriam a interesse de empresários ligados a atletas.
Dunga e Rinaldi também protocolaram no Conselho de Ética do Senado um pedido de quebra de decoro parlamentar, alegando que por fazer declarações de cunho pessoal, Romário não poderia se valer da imunidade parlamentar.
Romário deu entrevista em setembro de 2015 ao jornal italiano “Gazzetta dello Sport”, e disse que suspeitava de problemas nas convocações.
“Não se convoca mais os melhores, há interesses por trás. O diretor é Gilmar Rinaldi, que, até um dia antes de sua nomeação, era um agente de jogadores. Uma provocação. Você viu a convocação? Todos pertencem aos empresários que lucram com convocações. É evidente para todos”, disse Romário à publicação.
A partir daí Rinaldi e Romário passaram a trocar farpas, pela imprensa e por redes sociais. O diretor da CBF desafiou Romário a abrir mão da imunidade parlamentar para ser investigado, e Romário rebateu chamando Gilmar de “medíocre”.
Romário, Dunga e Gilmar fizeram parte do elenco da seleção brasileira campeã do mundo em 1994, nos Estados Unidos.
Folha