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Palmeiras tem atuação apática contra o Inter, e título brasileiro fica mais distante

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Aderrota por 2 a 0 para o Internacional, sábado, no Beira-Rio, pelo Brasileirão, foi um dos piores jogos do Palmeiras sob o comando do técnico Abel Ferreira.

O time teve um primeiro tempo extremamente apático e não criou nada. A melhora na etapa final foi notória, mas não o suficiente para arrancar um ponto.

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Agora, o Palmeiras está 12 pontos atrás do líder São Paulo, com um jogo a menos. Com a situação complicada para se pensar em título, Abel pode começar a considerar dar prioridade à Libertadores e à Copa do Brasil, ainda mais com o cansaço do elenco neste momento.

Diante de uma atuação tão ruim, houve mais motivos para ficar alerta pensando nas competições eliminatórias do que boas perspectivas para esses confrontos.

O que deu errado

 

O Palmeiras foi a campo sem nenhum jogador de velocidade no setor ofensivo. Dessa forma, o time ficou muito estático e com um ataque muito previsível. No primeiro tempo, não criou nenhuma chance e foi totalmente dominado pelo Inter.

Com Lucas Lima, Gustavo Scarpa e Raphael Veiga na equipe, o mesmo setor ficou muito congestionado pelo meio. Sem opções mais rápidas pelos lados, a criação foi encaixotada pela boa marcação do adversário. Ficou evidente que esse esquema não deu certo na frente.

Vale ressaltar que a baixa produção ofensiva não se deve só ao ataque. O Palmeiras depende muitas vezes da construção e da chegada dos volantes à frente. Danilo e Gabriel Menino estiveram muito abaixo e não conseguiram dar esse dinamismo ao time.

A defesa também teve atuação bem aquém da média, tanto nas laterais, como no miolo de zaga. O primeiro gol sai em erro de Marcos Rocha na direita, e o segundo em bola nas costas dos zagueiros, quando o time tentava pressionar. Além dos gols, foram vários momentos de confusão e insegurança por parte de um setor que costuma ser muito firme.

Sem opções de velocidade, o meio de campo produzindo muito pouco, a defesa em dia ruim, pouco poder de finalização… Foram vários os problemas do Palmeiras no Beira-Rio. Mais do que uma noite pra se esquecer, foi uma noite para aprender com os inúmeros erros da equipe, ainda mais visando as partidas decisivas da Copa do Brasil e da Libertadores.

O que deu certo

 

O Palmeiras teve quase 30 minutos relativamente bons no Beira-Rio. Isso aconteceu justamente quando Abel optou pela entrada de Breno Lopes e Gabriel Veron no setor ofensivo, além de Mayke na lateral direita.

Assim, a equipe ganhou velocidade, espaçou o campo e começou a achar buracos na defesa. A maior chance aconteceu justamente com a movimentação de Breno Lopes, fechando para o meio, que deixou Mayke livre na direita. O cruzamento foi cortado por Cuesta, e bola bateu na trave.

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Não houve uma grande evolução, mas uma nítida melhora aconteceu se comparada ao primeiro tempo. Se há algo a se apontar de bom na partida, foi justamente a diferença que o ataque mostrou com atacantes de velocidade.

É para se preocupar?

 

A atuação não é para se preocupar, mas vale ligar o alerta, sobretudo pensando nas decisões que o Palmeiras tem pela frente na temporada. Também vale a ressalva de que o elenco vive uma maratona de jogos importantes, e isso pode estar pesando.

Mas o Palmeiras tem mostrado irregularidade nos último cinco jogos. Foi muito bem contra o Bahia e vinha com partida na média contra o Libertad em casa, até a expulsão do adversário. A partir daí, tomou conta e dominou amplamente o rival.

Porém, contra Santos, Libertad (no Paraguai) e Inter, a equipe teve atuações bem fracas. Se conseguiu se livrar da derrota nos dois primeiros (e isso é um mérito), no Beira-Rio não teve jeito. Foi uma noite bem infeliz do time em todos os setores.

Como escrevi acima, não acho que seja motivo para se preocupar, já que o trabalho de Abel Ferreira é muito bom e ainda há muito para evoluir. Mas fica o alerta de que o Palmeiras nem sempre vai jogar bem ou bonito. Nessa altura da temporada, sem tempo para treinar, ganhar vale muito mais.

Globo Esporte

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