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Acusado de matar Vivianny Crisley é condenado a 26 anos por homicídio duplamente qualificado

allex-vivianny-300x229 Acusado de matar Vivianny Crisley é condenado a 26 anos por homicídio duplamente qualificadoFoi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado o acusado de matar a vendedora Vivianny Crisley. A defensora pública que atuou no caso, Neide Vinagre, disse que não vai recorrer da sentença porque “o caso é perdido”. Allex Aurélio vai cumprir a pena no presídio PB 1, onde os outros dois acusados também estão presos.

O promotor do caso, Márcio Gondim, disse que estava satisfeito com o resultado. Já a mãe de Vivianny disse que agora vai tirar um período para si e abstrair um pouco, vai viajar para Natal, no Rio Grande do Norte, com o ex-genro e a neta.

O julgamento durou cerca de seis horas aconteceu no Fórum de Santa Rita, na Grande João Pessoa. A sessão estava marcada para começar às 13h, mas começou com pouco mais de uma hora de atraso. Após sorteio, o conselho de sentença foi definido com quatro mulheres e três homens. A juíza que comandou o julgamento foi Lilian Frassinetti Cananéa.

Parte do julgamento adiado

Dois dos três acusados da morte da vendedora Vivianny Crisley que deveriam ser julgados nesta quarta-feira tiveram o júri adiado para dia 16 de maio. Fágner das Chagas e Jobson Barbosa da Silva teriam a defesa feita por defensores públicos, mas fizeram uma troca por defensores particulares, que precisam de mais tempo para tomar conhecimento do processo. A mudança foi avisada pouco antes da abertura da sessão do júri.

O Promotor Márcio Gondim disse que considera o adiamento do julgamento de dois dos acusados uma manobra da defesa, mas acreditava na condenação de Allex. A prima da vítima, Williane Freitas, disse que acredita na justiça. “A gente vai sofrer mais uns meses para esperar os outros dois assassinos e a gente crê em Deus e na justiça”, garante.

Já a defesa de Allex, feita pela defensora pública Neide Vinagre também demonstrou insatisfação com o adiamento do julgamento dos outros réus.

Os dois réus respondem por homicídio qualificado,  sequestro, furto e ocultação do cadáver da jovem.

Fórum ficou lotado

O Fórum de Santa Rita ficou lotado para o julgamento do caso. Familiares de Vivianny, ativistas de grupos de defesa da mulher e estudantes de direito acompanharam de perto o júri popular.

Vivianny tinha 28 anos quando foi morta. Ela foi vista pela última vez no dia 20 de outubro de 2016, quando saía de um bar na Zona Sul de João Pessoa. O corpo foi encontrado carbonizado no dia 7 de novembro do mesmo ano, em uma mata nos limites dos municípios de Bayeux e Santa Rita. Na apresentação da acusação no júri popular, o promotor Márcio Gondim alegou também que Vivianny Crisley teria sido violentada, mas devido ao estado  em que o corpo foi encontrado a perícia não teve como comprovar esse fato.

O caso

Na época, os acusados, Allex Aurélio Tomas dos Santos, Fágner das Chagas e Jobson Barbosa da Silva Júnior, alegaram que a vítima foi assassinada “porque gritou”. Segundo eles, o trio conheceu Vivianny na noite do crime.

A vendedora foi morta com vários golpes de chave de fenda e teve o corpo queimado com ajuda de gasolina e um pneu, segundo perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC).

Jobson Barbosa da Silva Júnior e Fágner das Chagas Silva foram presos no Rio de Janeiro foram presos em novembro de 2016 no Rio de Janeiro.  Eles apresentaram uma versão contraditória com a que foi relatada por Allex Aurélio, primeiro preso.

Segundo eles, o trio conheceu Vivianny na noite do crime, no bar em que eles estavam e de onde saíram de carro para procurar outro lugar onde encerrar a noite. Mas acabaram indo parar na casa de Juninho, momento em que Vivianny gritou para ir embora.

Juninho e Allex entraram na residência, enquanto Vivianny e Fágner  ficaram dentro do carro. Juninho e Allex voltaram com as chaves de fenda e atacaram Vivianny, tiraram gasolina de uma moto, colocaram um pneu de bicicleta em cima do corpo e atearam fogo.

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