Nível de reservatórios em todo o país caiu ainda mais na última semana
Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS) prevê que, até o fim do mês de outubro, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável pelo abastecimento de energia de 70% do país, esteja com reserva de 12,8%.
No mesmo período do ano passado, o nível deste subsistema era de 23,7%. Segundo o boletim divulgado nesta sexta-feira (1º), a passagem de uma frente fria pelas regiões sul e sudeste aumenta o nível de chuvas, mas não será suficiente para suprir a baixa nos reservatórios.
Em relação aos outros subsistemas, o da região sul deve chegar a 49,8%; seguido pelo Norte, com 44,6%. Já as usinas dos subsistemas Nordeste devem fechar o mês com 28,9%.
Na última sexta-feira (24), o nível dos reservatórios do subsistema SE/CO era de 18,4%. Nesta sexta-feira, o nível caiu para 17,2%. No subsistema sul, a queda foi de 30,9% para 28,9%. Em relação ao Nordeste, houve decréscimo de 42,2% para 39,5%. Já na região Norte, foi de 62,9% para 60,4%.
As previsões meteorológicas do informe indicam para a próxima semana operativa, de 2 a 8 de outubro, temperaturas mais amenas e mais chuvas nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, na comparação com a última semana, onde foram observadas temperaturas mais elevadas e tempo mais seco.
Para a próxima semana, deverá haver relevante melhora de afluência na região Sul que se destaca com a previsão de que a Energia Natural Afluente (ENA) chegue a 135% de média. Nos outros três subsistemas, as afluências devem ficar abaixo da média para o período, com média de 73% no Norte, 51%, no sudeste/centro-oeste, e de 36%, no Nordeste.
O documento também aponta previsão de crescimento de 0,8% da carga energética, na média do sistema integrado, nesta semana de 02 a 08 de outubro, em comparação com setembro de 2020, com 71.791 MW médios.
A previsão para o subsistema Sul é de 0,4%, com 11.914 MW médios; 3,5% para o Nordeste, com 12.211 MW médios e 2,7% no subsistema do Norte, com 6.207 MW médios.
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi o único que apresentou recuo de carga energética, de 0,1%, com 41.459 MW médios. Segundo o ONS, as projeções da carga se explicam tanto pela expansão do setor industrial, quanto pela recuperação do setor de serviços, com o aumento da mobilidade e a diminuição das restrições de circulação.
A CNN questionou o ONS sobre o motivo de o sistema Sudeste/Centro-Oeste ter tido diminuição na carga. Segundo o operador, a temperatura amena fará com que as pessoas usem menos os aparelhos de ar-condicionado na próxima semana.
*Sob supervisão de Helena Vieira