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Queda de avião na China: Equipes de resgate encontram corpos espalhados por local do acidente

queda-de-aviao-na-china-599x400 Queda de avião na China: Equipes de resgate encontram corpos espalhados por local do acidente

Três dias após a queda do Boeing 737-800 em Wuzhou, no Sul da China, bombeiros ainda atuam na operação de resgate. Apesar de não terem encontrado nenhum sobrevivente e admitirem que a chance de isso ocorrer é pequena, as autoridades ainda não declararam oficialmente a morte das 132 pessoas a bordo. Drones e câmeras termográficas — que detectam o calor do corpo — são usados nas buscas, enquanto restos mortais e alguns pertences de passageiros e tripulantes foram encontrados espalhados pelo local do acidente. Uma enorme cratera se abriu na região montanhosa após o impacto da aeronave.

— A profundidade (da cratera) se estende desde a superfície até cerca de 20 metros. A maioria dos destroços da aeronave está concentrada em uma área central dentro de um raio de cerca de 30 metros do ponto de impacto principal — explicou em entrevista  Zhu Tao, chefe da Administração de Aviação Civil da China.

Conforme a AFP, apesar da pequena probabilidade, bombeiros não descartaram encontrar pessoas vivas. Huang Shangwu, chefe dos Bombeiros da  Região Autônoma de Guangxi, disse nesta quinta-feira que a “missão está centrada em procurar vítimas e salvar vidas” e recebeu ordens para continuar o trabalho.

— Estamos usando imagens térmicas nas buscas, drones aéreos e também buscas de forma manual — explicou.

Socorristas também vasculham a área em busca da segunda caixa-preta. A primeira, encontrada na quarta-feira, já foi enviada para Pequim. O equipamento é essencial para a investigação do acidente, que intrigou especialistas por ocorrer na fase de cruzeiro do voo, quando a aeronave costuma estar em piloto automático, e por causa do histórico de segurança da aviação chinesa. O último acidente aéreo no país ocorreu há dez anos.

Perda de altitude

O voo MU5735 tinha como destino a cidade portuária de Cantão após a decolagem em Kunming, capital da província de Yunnan, no Sudoeste. Conforme a plataforma de monitoramento Flightradar24, pouco mais de uma hora após decolar, o avião “de repente começou a perder altitude muito rapidamente”. O Boeing estava a 29.100 pés quando, em pouco mais de um minuto, desceu mais de 21 mil pés. A aeronave aparentemente recuperou a altitude em torno de 8 mil pés antes de continuar a cair.

Em um relatório divulgado no ano passado, a Boeing apontou que apenas 13% dos acidentes comerciais fatais que ocorreram entre 2011 e 2020 em todo o mundo foram durante a fase de cruzeiro — entre o final da subida da aeronave e o início da descida no aeroporto de destino —, enquanto 28% dos acidentes com mortes ocorreram na aproximação final e 26% no pouso.

O 737-800 tem um bom histórico de segurança e é o antecessor do modelo 737 MAX, que está parado na China há mais de três anos após acidentes fatais em 2018 na Indonésia e 2019 na Etiópia.

O Globo 

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