Braiscompany vira alvo de investigação do Ministério Público da Paraíba e responsáveis pela empresa faltam a audiência
O promotor de Justiça de Campina Grande e diretor-regional do MP-Procon, Sócrates da Costa Agra, está apurando denúncias de alguns investidores que não estariam recebendo as remunerações acordadas em contratos com a empresa Braiscompany. O procedimento foi instaurado no último dia 26, tendo o representante do Ministério Público da Paraíba tomando as providências extrajudiciais com vistas à conciliação, inclusive, com a designação de audiência na última quinta-feira (2), à qual a Braiscompany não compareceu.
De acordo com Sócrates Agra, a empresa prestou uma defesa evasiva e que, diante disso, o Ministério Público dará seguimento à apuração dos fatos denunciados e que, entendendo necessário, poderá acionar a Justiça, por meio de ação civil pública, para garantir o direitos dos consumidores lesados, como também a reparação do dano coletivo que porventura tenha sido causado.
Em dezembro, o empresário Antônio Neto Ais, CEO da Braiscompany, admitiu que a empresa enfrentava problemas para pagar o repasse referente aos investimentos que ali foram aplicados.
Vários investidores acusaram a companhia de atrasar pagamentos. Um ex-cliente da firma chegou a criar a Associação de Vítimas da Braiscompany (AVB) para apoiar as pessoas que não conseguem reaver o dinheiro.
Parte dos clientes da Braiscompany já está há mais de dois meses sem receber o pagamento dos rendimentos que a empresa diz obter com a “locação de criptoativos”, esquema acusado de ser pirâmide financeira por Tiago Reis, o CEO da Suno Research.
No mês passado, a empresa alegou que os atrasos eram culpa de problemas com o desenvolvimento de um aplicativo do negócio. Logo depois afirmou que a culpa era da Binance, corretora da qual a Braiscompany diz que depende 100% para operar e fazer pagamentos dos clientes.
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