Braiscompany alega não ter dinheiro e pede gratuidade de custas à Justiça após ser alvo de mais de 3,5 mil processos
Antônio Neto e Fabrícia Ais, donos da Braiscompany (Foto: Reprodução)
Investigada por calote que deve ultrapassar R$ 500 milhões, a Braiscompany vem sendo processada por mais de 3,5 mil clientes apenas na Justiça paraibana. A empresa vem recorrendo de decisões condenatórias no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e alegando falta de dinheiro, pedindo gratuidade em custas processuais para se defender.
A informação apurada pelo ClickPB foi divulgada nesse sábado (20) pelo advogado Gustavo Rabay, que defende vítimas da Braiscompany. Segundo Gustavo, a Justiça paraibana começou a proferir as primeiras decisões sobre restituição de valores e a Braiscompany vem recorrendo apenas para protelar os pagamentos.
“A Justiça começa a proferir os primeiros pedidos de restituições de valores dos clientes lesados e a Braiscompany está recorrendo sem contestar a condenação, mas visando apenas a correção monetária e não estão contestando os valores devidos aos consumidores. Recorrendo por recorrer”, disse o advogado nas suas redes sociais, como visto pelo ClickPB.
Gustavo informou que a Justiça vem julgando os recursos da empresa como “prejudicados”, ou seja, estão sendo arquivados. A motivação é o pedido da Braiscompany sobre gratuidade das custas processuais.
“Os recursos estão sendo julgados como prejudicados, ou seja, arquivados, porque eles não estão recolhendo pagamento de custas e estão pedindo gratuidade judiciária. Estão dizendo que não tem dinheiro para pagar as custas processuais para se defenderem. Resta aguardar o trânsito em julgado”, argumentou o advogado, segundo acompanhado pelo ClickPB.
A Braiscompany, de propriedade de Antônio e Fabrícia Ais, é suspeita de praticar um esquema de pirâmide financeira e causar um prejuízo calculado em mais de R$ 500 milhões a milhares de investidores.
A empresa foi alvo de diversos mandados de busca e apreensão no âmbito das Operações Halving e Select. Contra o casal existem mandados de prisão, mas eles conseguiram fugir da polícia e são considerados foragidos.
ClickPB