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Zelensky se reúne com Macron na França após condecoração na Alemanha

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Zelensky e Macron se encontram em Paris — Foto: Ludovic Marin/AFP

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, encontrou o presidente francês, Emmanuel Macron, neste domingo (14). Ele recebeu apoio do país em um momento em que Kiev está finalizando os preparativos para sua contraofensiva contra as tropas russas.

Neste final de semana, Zelensky esteve na Alemanha e na Itália, onde também encontrou o papa Francisco.

“Com cada visita, as capacidades defensivas e ofensivas da Ucrânia se expandem”, escreveu Zelensky no Twitter ao chegar à noite na base aérea de Villacoublay, no sudoeste de Paris.

O presidente francês, segundo seus assessores, planeja “reafirmar o apoio inabalável da França e da Europa para restaurar os direitos legítimos da Ucrânia e defender seus interesses fundamentais”.

Em um jantar entre os dois presidentes, Macron anunciou o envio de dezenas de veículos blindados e tanques, incluindo veículos AMX-10RC para a Ucrânia nas próximas semanas. Ele disse ainda que o país está concentrando seus “esforços em apoiar as capacidades de defesa aérea da Ucrânia”.

A viagem de Zelensky a Paris não foi anunciada com antecedência e ocorre depois que os líderes da União Europeia enalteceram, em Aachen, no oeste da Alemanha, o povo ucraniano por sua luta pela liberdade

Passagem pela Alemanha

Em visita à Alemanha, ele se encontrou com o chefe de governo Olaf Scholz. “As relações com a Europa estão cada vez mais fortes e a pressão sobre a Rússia está aumentando”, acrescentou, poucas horas depois do encontro.

 

No sábado (13), Zelensky esteve na Itália, onde foi recebido pela primeira-ministra Giorgia Meloni e o papa Francisco.

 

“A Ucrânia incorpora tudo o que representa a ideia europeia: o valor das convicções, a luta pelos valores e pela liberdade, o compromisso com a paz e a unidade”, declarou a presidente da Comissão Europeia, o braço executivo do bloco, Ursula von der Leyen.

Durante a cerimônia de entrega do Prêmio Carlos Magno a Zelenski, o chefe de governo alemão, Olaf Scholz, afirmou que a Ucrânia faz parte “de nossa família europeia”.

 

Scholz acompanhou o presidente ucraniano a esta cidade alemã após uma reunião na capital Berlim. Foi a primeira visita de Zelensky à Alemanha desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Por ocasião de sua viagem, Berlim anunciou no sábado um pacote significativo de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 2,7 bilhões de euros (cerca de R$ 14,4 bilhões).

Scholz assegurou que Berlim apoiará a Ucrânia pelo “tempo necessário” e indicou que seu compromisso com Kiev, incluindo armamento, já chega a 17 bilhões de euros (R$ 90,7 bilhões).

O novo pacote inclui dezenas de tanques, veículos blindados, drones de vigilância e quatro novos sistemas de defesa antiaérea Iris-T.

“Durante o período mais difícil da história moderna da Ucrânia, a Alemanha mostrou ser nossa verdadeira amiga e uma aliada confiável”, agradeceu Zelensky, no livro de visitas da Presidência alemã.

Zelensky e seu ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, participaram de uma reunião com vários ministros alemães, incluindo a chefe da diplomacia Annalena Baerbock, e com o presidente Frank-Walter Steinmeier.

As relações entre Kiev e Berlim em termos de ajuda militar têm sido tensas há um longo tempo, e a Alemanha tem sido alvo de críticas por não fornecer armas suficientes, embora tenha intensificado seu apoio nos últimos meses.

 

No entanto, o vice-ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrij Melnyk, considera que não é suficiente.

Zelensky aproveitou sua visita para pedir a Scholz que apoie a entrega de aviões de combate, algo que a Alemanha tem rejeitado até agora.

Ucrânia recupera posições em Bakhmut

“A questão dos aviões de combate é prioritária para a Ucrânia (…). Precisamos de F-16”, caças modernos, para defender os céus ucranianos, insistiu no domingo Andrei Yermak, chefe de gabinete de Zelensky.

A Ucrânia está tentando recuperar terreno nas regiões de Donetsk e Lugansk (leste), assim como em Kherson e Zaporizhzhya (sul), cuja anexação é reivindicada pela Rússia.

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, voltou a lamentar a inação do exército regular russo em Bakhmut, onde os combates no leste da Ucrânia estão concentrados.

Tanto Kiev quanto Moscou se atribuem avanços em torno dessa cidade devastada, controlada em sua maioria pelas forças russas.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Ganna Maliar, informou no Telegram que as tropas de Kiev recuperaram “mais de 10 posições” russas nos arredores da cidade. “Combates intensos continuam acontecendo” na cidade, acrescentou.

O Ministério da Defesa russo, por sua vez, afirmou ter atingido locais que abrigavam armas ocidentais entregues a Kiev em Ternopil (oeste) e Petropavlivka (centro-leste).

Em um anúncio incomum de baixas no campo de batalha, a pasta informou, no entanto, a morte de dois de seus comandantes militares.

G1

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