Zé Marcolino ou João Henrique? Proposta para mudar nome do Anel do Cariri gera polêmcia e críticas
Assembleia Legislativa aprovou projeto que que denomina de Deputado João Henrique de Souza a malha viária “Anel do Cariri”. O problema é que ela já tem o nome do poeta Zé Marcolino, parceiro musical de Luiz Gonzaga.
Foto: José Marques/Secom
Assembleia Legislativa aprovou um Projeto de Lei que denomina de deputado João Henrique de Souza as rodovias que formam o “Anel do Cariri”. O problema é que ele já tem o nome do poeta Zé Marcolino, que nasceu Várzea Paraíba, distrito de São Tomé, embrião do município de Sumé.
A proposta foi do deputado estadual Michel Henrique (Republicanos), filho do ex-parlamentar, que morreu em janeiro do ano de 2021, vítima de complicações em decorrência da COVID-19. Michel quis homenagear o pai, mas pavimentou uma polêmica e muitas críticas.
Zé Marcolino, de acordo com ativista culturais da região, é uma das maiores referências da cultura do Cariri paraibano e passou a dar nome ao Anel Viário em 2012, após a aprovação de um projeto do ex-deputado Assis Quintans e sanção do ex-governador Ricardo Coutinho.
Na biografia do poeta, há uma lista de composições com outro mestre, Luiz Gonzaga.
A via liga as cidades de Monteiro, Zabelê, São Sebastião do Umbuzeiro, São João do Tigre, Camalaú, Congo, Caraúbas, São Domingos do Cariri, Cabaceiras, Boqueirão e Queimadas.
João Henrique foi deputado estadual por quatro mandatos consecutivos de 01 de fevereiro de 2007 a 12 de janeiro de 2021. Um dos políticos mais conhecidos da região.
A maioria das críticas não leva em conta, necessariamente, a importância de cada um, em sua área de atuação, para o Cariri, mas foca na falta de “consideração”, deselegância e, para alguns, desrespeito ao poeta Zé Marcolino, independentemente dos méritos de João Henrique.
Agora, o governador deve sancionar ou vetar. Por uma questão de respeito ao poeta, caminha para ‘derrubar’ o projeto e pode para propor o nome de uma outra rodovia estadual para João Henrique. Mas, de fato, não pega bem a troca.
O gestor poderia ter sido poupado dessa decisão se, na Assembleia, alguém tivesse avisado que o Anel do Cariri já tinha sido batizado há quase 10 anos.
Lei de Assis Quintans, sancionada por Ricardo Coutinho
Anel Viário do Cariri
A obra completa é composta pela PB-264 – Zabelê/São Sebastião do Umbuzeiro (13,2); PB-240 – São Sebastião do Umbuzeiro/São João do Tigre (22 km); PB-224 – São João do Tigre/Camalaú (25 km); PB-196 – Camalaú/Congo (24 km); PB-196 – Congo/Caraúbas (22 km); PB-186 – Caraúbas/São Domingos do Cariri (13km); PB-186 – São Domingos do Cariri/Cabaceiras (24,5 km; PB-214 – Congo/Divisa da Paraíba com Pernambuco (17 km) e a PB-148 – Cabaceiras/Boqueirão/Queimadas (53 km), beneficiada com obra de restauração e reforço estrutural e sinalização.
JORNAL DA PARAIBA
