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OceanGate suspende operações de exploração após a implosão do submarino Titan

submersivel_desaparecido-2-599x400 OceanGate suspende operações de exploração após a implosão do submarino Titan

Submersível Titan (Foto: Reprodução/OceanGate)

A OceanGate – proprietária do submersível Titan que implodiu durante uma viagem ao Titanic, matando cinco pessoas – disse que suspendeu sua exploração e operações comerciais.

O CEO da empresa, Stockton Rush, estava entre os tripulantes que morreram quando o submarino implodiu no Oceano Atlântico Norte, no mês passado.

“A OceanGate suspendeu todas as operações de exploração e comerciais”, diz a empresa no topo de seu site oficial.

O site ainda apresenta rolos de destaque de equipamentos e expedições e descrições de ofertas, inclusive para visitar os destroços do Titanic. A CNN busca contato com a OceanGate para obter mais informações.

CEO disse que poderia até fechar a OceanGate caso submarino se mostrasse inseguro
Stockton Rush, CEO da OceanGate, que morreu no acidente, disse a um amigo em 2019 que fecharia a empresa “caso tenha de operar um submarino inseguro”, de acordo com e-mails obtidos pelo portal Insider.

A menção ao fechamento da empresa teria ocorrido durante uma troca mensagens entre Rush e o amigo Karl Stanley, um especialista que havia expressado preocupações sobre a integridade do Titan após ouvir estalos em um mergulho nas Bahamas, em 2019.

“Acho que o casco tem um defeito próximo ao flange, isso só vai piorar. A única dúvida em minha mente é se ele falhará catastroficamente ou não”, disse Stanley em um e-mail para Rush.

“Deixei claro depois do nosso mergulho que não levarei tripulação, clientes ou mídia não essenciais para o submarino até ter certeza de que o casco está seguro”, destacou Rush em sua resposta. “Como eu disse antes, cancelei a expedição do ano passado e vou cancelar a deste ano, ou mesmo fechar a empresa, caso tenha de operar um submarino inseguro“, completou.

Investigação segue conforme dúvidas sobre a segurança do Titan aumentam
A investigação internacional sobre a implosão fatal do submersível Titan foi ampliada no final do mês passado, com a Polícia Real Montada do Canadá (RCMP, em inglês) dizendo que está investigando se “as leis criminais, federais ou provinciais podem ter sido violadas”.

Depois da confirmação da implosão do submarino, a OceanGate Expeditions passou a receber questionamentos sobre seus procedimentos de segurança e relatórios sobre problemas mecânicos, expedições canceladas e um suposto desrespeito aos processos regulatórios começaram a vir à tona.

O Acidente

O submarino Titan, da OceanGate, desapareceu no dia 18 de junho, um domingo, no Oceâno Atlântico Norte, durante uma expedição que viajaria até os destroços do Titanic.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou a morte dos passageiros do submarino no dia 22, após os destroços terem sido encontrados, indicando uma implosão da cabine.

Estavam no submarino o empresário britânico Hamish Harding; o mergulhador Paul-Henri Nargeolet; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho, Sulaiman Dawood; e o CEO e fundador da OceanGate, Stockton Rush.

“Em nome da guarda costeira dos EUA dou os pêsames para as famílias. Só consigo imaginar como isso tem sido para eles e espero que essa descoberta traga algum conforto nesse momento tão difícil”, disse na época o contra-almirante John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, em entrevista à imprensa.

CNN

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