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Matteo Messina Denaro, último chefe da máfia italiana, morre aos 61 anos

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Messina Denaro é preso em Palermo em janeiro de 2023 — Foto: Italian Carabinieri Press Office/AFP

Matteo Messina Denaro, o último chefe da máfia italiana morreu aos 61 anos, nesta segunda-feira (25). Ele era responsável por comandar a Cosa Nostra na região de Trapani, na Sicília.

Denaro estava com câncer de cólon quando foi preso em janeiro após passar 30 anos foragido. Segundo as agências, seu estado de saúde piorou nas últimas semanas e ele foi transferido para um hospital da prisão de segurança máxima no centro de Itália, onde foi inicialmente detido.

 

Na sexta-feira (22), o hospital informou que ele estava em “coma irreversível” e já não recebia alimentação. Denaro pediu para não ser reanimado, em caso de morte.

Espera-se que seu corpo seja devolvido à Sicília nos próximos dias para um funeral privado, disse um funcionário do governo para a agência de notícias Reuters.

Messina Denaro foi, durante muitos anos, uma figura de destaque da Cosa Nostra, o sindicato do crime siciliano da vida real retratado nos filmes “O Poderoso Chefão”. Foi um dos mais cruéis, condenado seis vezes à prisão perpétua, entre elas, por participação no assassinato do juiz antimáfia Giovanni Falcone, em 1992.

Também foi condenado por participar de uma série de atentados em Roma, Florença e Milão, em 1993, que mataram dez pessoas, e por ter ajudado a organizar o sequestro de Giuseppe Di Matteo, de 12 anos, para tentar dissuadir o pai do menino de prestar depoimento contra a máfia. O menino foi detido por dois anos e depois assassinado.

Desapareceu no verão de 1993 e passou a liderar a lista das pessoas mais procuradas da Itália.

Apelidado pela imprensa italiana de “o último poderoso chefão”, Denaro não teria fornecido qualquer informação à polícia depois de ter sido detido em frente a uma clínica de saúde privada na capital siciliana, Palermo, em 16 de janeiro.

De acordo com registros médicos vazados para a imprensa italiana, ele foi submetido a uma cirurgia para câncer de cólon em 2020 e 2022 com nome falso. Um médico da clínica de Palermo disse ao jornal La Repubblica que a sua saúde piorou significativamente nos meses que antecederam a sua captura.

 

G1

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