Quase 90% da população da Paraíba tem sensação de estar segura ou muito segura em casa, aponta IBGE
Dados também apontam que a parcela dessa população que tinha sensação de insegurança ou muita insegurança em casa era de 10,2%, no estado. (Foto: Walla Santos/ClickPB/Arquivo)
Quase 90% da população da Paraíba tem a sensação de estar segura ou muito segura em casa, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (7) e obtidos pelo ClickPB. O levantamento reúne a coleta de informações referente a 2022.
Na Paraíba, a proporção de pessoas acima dos 15 anos de idade que se sentiam seguras ou muito seguras em casa era de 89,7%, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais – SIS 2023, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C). Esse percentual foi mais elevado que os observados para o Brasil (89,4%) e para a região Nordeste (87,7%). Os dados da SIS 2023 também apontam que a parcela dessa população que tinha sensação de insegurança ou muita insegurança em casa era de 10,2%, no estado; de 10,4%, no país; e de 12,2%, na região.
Considerando a sensação de insegurança no bairro de moradia, o percentual aumenta para 26,1%, que representa a soma dos inseguros e com os muito inseguros. Esse valor é um pouco menor que as médias brasileira (26,8%) e do Nordeste (30,8%).
Condições dos Domicílios
Outro estudo do IBGE trata das condições das moradias na Paraíba. No estado, em 2022, a maioria das pessoas (95,2%) vivia em domicílios de alvenaria ou taipa com revestimento, percentual acima da média brasileira (87,9%) e do Nordeste (90,1%). Porém, 9,3% da população ainda vivia em domicílios de alvenaria ou taipa sem revestimento, como apontado pela PNAD Contínua.
No estado, a proporção de pessoas que habitavam casas de taipa sem revestimento, madeira para construção, madeira aproveitada ou outros materiais não chegava a 1% da população. Paredes predominantemente de madeira são mais comuns em outras regiões brasileiras.
Já as coberturas dos domicílios paraibanos eram predominantemente de telha sem laje de concreto. Moravam neste tipo de domicílio 73,3% dos habitantes do estado, enquanto 17,6% dos lares tinham, além das telhas, laje de concreto e 8,3% eram cobertas somente por laje. Em João Pessoa, a modalidade mais comum eram as residências de telhas com laje de concreto (37,1%). Em nossa capital, o número de moradores vivendo em domicílios com esse tipo de cobertura era, inclusive, maior do que a média nacional (31,8%).
A pesquisa também verificou que a população paraibana, majoritariamente (69,4%), habitava domicílios com piso revestido por cerâmica, lajota ou pedra. Outros 30,2% da população vivia em casas que tinham o cimento como material predominante do piso, enquanto em apenas 0,3% o piso era de terra. Em João Pessoa, 94,4% da população vivia em residências com piso de cerâmica, lajota ou pedra; enquanto em toda a região metropolitana da capital o percentual foi de 87,8%.
Em relação à forma de abastecimento de água, na Paraíba, a Rede geral de distribuição era a modalidade mais comum, com 71% dos moradores residindo em domicílios abastecidos dessa forma, em 2022. Esse valor ficou abaixo das médias do Brasil (84,7%) e da região Nordeste (79,7%).
O poço profundo ou artesiano era a segunda forma mais comum de acesso à água pelos paraibanos, utilizado por 10,1% da população, percentual superior tanto ao do Nordeste (9,8%) como ao do Brasil (8,2%). Os poços rasos (3,1%), fonte ou nascente (0,8%), água de chuva armazenada (8,5%) e outras formas (6,6%) eram métodos de abastecimento também utilizados pelos paraibanos.
Já o serviço de coleta direta de lixo era utilizado por 76% dos domicílios paraibanos, em 2022, segundo a pesquisa. Embora esteja abaixo da média brasileira, de 85,3%%, o percentual é um pouco superior ao observado para o Nordeste, de 74,1%. Em João Pessoa e em sua região metropolitana, essa modalidade de coleta atendia mais de 93% da população.
O levantamento indica ainda que 17,7% da população do estado praticava a queima do lixo na propriedade, proporção maior do que as médias nacional (7,4%) e regional (15%). Além disso, em 5,4% dos domicílios, os resíduos eram coletados em caçamba de serviço de limpeza, percentual inferior tanto à média brasileira (6,4%) como à nordestina (9,6%).